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Expansão de ferrovia avança e fortalece corredor de exportação que passará por Lucas do Rio Verde

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

Um novo edital lançado hoje pelo Governo Federal para a expansão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 2) representa um passo crucial para a criação de um corredor logístico que passará por Lucas do Rio Verde. O edital contratará obras em um trecho de 35,75 km entre Guanambi e Caetité, na Bahia, com investimento de R$ 507,1 milhões.

O secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, destacou a importância do empreendimento para o município. “Esse aporte do governo vai contribuir para que seja realizado, no ano que vem, o leilão da ferrovia, que fará a integração de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, até o Porto de Ilhéus, na Bahia. Isso dará condições de ligação em direção a Chancay, no Peru, formando um Corredor Bioceânico no país”.

O corredor ferroviário Leste-Oeste (Fico-Fiol) terá uma extensão total de 1.708 quilômetros. A conexão se inicia com a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que se conecta à Fiol na cidade de Mara Rosa, em Goiás. Este traçado integrará a ferrovia bioceânica, ligando o Atlântico ao Pacífico – do Porto de Ilhéus ao Porto de Chancay, no Peru -, criando um novo eixo comercial com a Ásia para exportação dos grãos em Mato Grosso.

Segundo o Ministério dos Transportes, o novo trecho na Bahia, que recebeu ajustes no traçado para garantir equilíbrio ambiental próximo à Barragem de Ceraíma, também fortalecerá o escoamento da produção agrícola do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). As empresas interessadas em participar da licitação devem apresentar propostas pela plataforma Licitações-e, do Banco do Brasil.

No mês passado, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, destacou o avanço das articulações com a China para viabilizar a primeira ferrovia bioceânica da América do Sul, parte das Rotas de Integração Sul-Americana. O projeto ganhou impulso com a assinatura recente de um memorando de entendimento entre o Brasil e o China Railway Economic and Planning Research Institute, que prevê a realização de estudos conjuntos sobre o corredor ferroviário ligando os oceanos Atlântico e Pacífico.

A proposta é elaborar um estudo de viabilidade sobre a possibilidade de integração das ferrovias Oeste-Leste (Fiol), Centro-Oeste (Fico) e Norte-Sul (FNS) ao recém-inaugurado Porto de Chancay, no Peru, construído por capital chinês. O traçado da ferrovia prevê conexão a partir de Lucas do Rio Verde, passando por Rondônia e Acre até alcançar a fronteira com o Peru. Os estudos serão conduzidos pela estatal Infra S.A., vinculada ao Ministério dos Transportes, com foco em soluções multimodais e aproveitamento das obras já em execução no país.

Segundo Tebet, a expectativa brasileira era concluir os estudos de viabilidade em até dez anos, mas a proposta chinesa reduz esse prazo para menos de dois anos, o que acelera significativamente o planejamento da nova infraestrutura. “Serão de 18 a 20 meses dedicados à elaboração do projeto de viabilidade e, a partir daí, caberá ao próximo governo decidir sua implementação. Ainda assim, considero um presente que todos nós, Congresso Nacional e a política brasileira como um todo, podemos entregar ao Brasil”, explicou.

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