Um estudo desenvolvido pela Universidade Federal de Mato Grosso, campus Sinop registrou um marco na literatura científica. O primeiro relato de caso humano tratado com fotobiomodulação a laser para fístula vesico-cutânea (anormalidade entre a bexiga urinária e a pele). Até então, os trabalhos publicados sobre o tema estavam restritos a modelos experimentais com camundongos e ratos.
A pesquisa foi conduzida pela professora do curso de Enfermagem do campus, Patrícia Reis de Souza Garcia, em parceria com a professora Jeane de Oliveira (campus Cuiabá), médicos urologista e radiologista, além de outros pesquisadores do Grupo de Estudo e Pesquisa em Feridas e Curativos.
De acordo com a professora e pesquisadora, a fístula vesico-cutânea é uma condição rara e de difícil tratamento, caracterizada pela saída de urina pela pele, o que provoca dor, risco de infecção e impacto significativo na qualidade de vida. Os tratamentos tradicionais envolvem cateterismo vesical ou cirurgia, muitas vezes invasivos e com risco de recidiva.
No estudo, o paciente foi tratado com laser vermelho (658 nm) e infravermelho (830 nm), alcançando o fechamento completo da fístula em apenas 17 dias, sem recorrência após um ano de acompanhamento. O artigo, publicado na revista científica Desafios, classificada como Qualis A4 (alto padrão acadêmico), reforça o potencial da fotobiomodulação como alternativa terapêutica menos invasiva, segura e eficaz, informou a instituição, através da assessoria.
Segundo as autoras, o resultado abre caminho para novas pesquisas clínicas e para a ampliação do uso da laserterapia no cuidado a pacientes com condições complexas.
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