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Seduc avalia criação de escolas para surdos e autistas em Mato Grosso

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A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) iniciou as discussões para a implantação de escola bilíngue para surdos e uma unidade para autistas. As necessidades foram apresentadas ao secretário Permínio Pinto durante reunião, ontem. Enquanto as pessoas com deficiência auditiva reivindicam uma escola bilíngue, os autistas defendem a implantação de uma escola própria com capacidade para 400 alunos.

Estima-se que existam quase quatro mil pessoas autistas só em Cuiabá e Várzea Grande, sendo cerca de oito mil em todo o estado. Em ambos os casos, faltam professores capacitados. Estes assuntos foram alvos de debates durante a Semana da Pessoa com Deficiência, ocorrida em setembro deste ano, que contou com a participação de técnicos da Seduc.

Já deficientes auditivos solicitam uma escola bilíngue, que consiste na oferta de estudos em Língua de Sinais (Libras), que é a primeira língua para os surdos, e a Língua Portuguesa, a segunda língua para eles. Existe o Centro Estadual de Atendimento e Apoio ao Deficiente Auditivo (Ceaada), em Cuiabá, onde é oferecido Libras, porém os serviços precisam ser ampliados.

Além da necessidade de atender a Capital, a Coordenadoria de Educação Especial da Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso (Seduc), juntamente com os deficientes auditivos, defende a expansão da ação, ou seja, de interação com os municípios.

Segundo informações da Coordenadoria, em 2013 e 2014 foi realizado um trabalho em que os surdos estiveram em alguns Cefapros (Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso) oferecendo a formação. A iniciativa contou com a participação de 240 professores, mas foi um curso básico, “que só aguçou a curiosidade para aprenderem a Língua de Sinais”, conforme relatos.

O Centro de Formação dos Profissionais da Educação e Atendimento à Pessoa Surda de Mato Grosso (CAS-MT) também oferece cursos para professores do interior, mas a demanda é maior do que a oferta. Marcino Benedito de Oliveira, coordenador da Educação Especial, avalia que a Língua de Sinais avançou, está se estruturando, amadurecendo, enriquecendo, mas está ficando só com os surdos. “É preciso disseminar esse conhecimento colocando em prática, de fato, a inclusão dessas pessoas”.

Segundo ele, trata-se de um pleito antigo da coordenadoria de Educação Especial, mas que só agora está avançando graças ao empenho da gestão. “O secretário [de Educação] tem essa sensibilidade, de melhorar a cada passo as necessidades das pessoas com deficiência. É um direito das pessoas surdas estarem na escola, e ele, passo-a-passo, está resolvendo”, pontuou o coordenador.

Permínio Pinto designou estudos de viabilidade, afirmando que se é a base que quer, se é uma demanda de quem está vivenciando, tem que ser avaliada. Marcino de Oliveira completou dizendo que de fato é uma caminhada que exige paciência e que para qualquer projeto se estabilizar são necessários estudos.

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