O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, abriu a sessão após ameaçar suspender por seis meses os mandatos dos parlamentares que continuarem ocupando o plenário e o principal auditório, impedindo realização de sessões porque alguns projetos, dentre eles de anistia aos que participaram dos atos em 8 de janeiro, não foram colocados em pauta. Ele prometeu colocá-lo em análise assim como a PEÇA que restringe foro privilegiado. À noite, o presidente aceitou a reivindicação dos parlamentares de oposição e se comprometeu colocar a anistia em pauta para análise e votação.
Os manifestos contra mesas diretoras da Câmara e Senado iniciaram na terça-feira. Participaram dos protestos os deputados da bancada mato-grossense, como Coronel Fernanda (PL), Rodrigo da Zaeli (PL), Coronel Assis (União), Nelson Barbudo (PL) e José Medeiros (PL), que lamentou a situação.
“Havia um acordo desde o início da campanha para presidente da câmara que ele (Motta) iria ser acessível a essa pauta da anistia, mas infelizmente está tudo dominado. Agora estão juntos o STF, a presidência da Câmara, a presidência do Senado e a presidência da República. Neste momento, a expectativa não é boa. São cerca de 70% de deputados do PL, que devem ser suspensos porque não abrimos mão da anistia. As pessoas estão presas e morrendo na cadeia. E não dá para tolerar mais”, afirmou o parlamentar, antes do acordo.
A sessão de abertura marcada para esta noite foi rapidamente realizada. Antes, Motta chegou a avisar que qualquer tentativa de impedir o acesso ao plenário resultará em suspensão imediata do parlamentar envolvido.
No Senado, onde também está sendo feito manifesto, o presidente, Davi Alcolumbre, afirmou que não aceitará intimidações. “O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza.”
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