A decisão do prefeito Juarez Costa (PMDB) e da secretária de Educação, Gisele Faria de Oliveira, de aumentar o número de alunos por salas de aulas parece não ter agradado aos profissionais da educação. Em assembleia geral, os servidores filiados ao Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) reprovaram a medida e decidiram encaminhar um ofício ao prefeito solicitando a revogação imediata. “Foi decisão de gabinete. Não foi discutido com ninguém. Este aumento tem reflexo direto no processo de ensino-aprendizagem”, afirmou, ao Só Notícias, o diretor regional do sindicato, Valdeir Pereira.
Valdeir informou que a intenção do sindicato é comparar o número de alunos por salas nas unidades estaduais e municipais para tentar dissuadir o prefeito a manter a medida atual. Segundo ele, para salas com alunos do 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental, o Estado permite um máximo de 25 alunos. No município, com a alteração, serão 26 por cada sala de 1º ano e não mais 25, como era anteriormente. Além disso, salas de 2º e 3º anos poderão ter até 28 alunos, ao invés de 25.
No caso de turmas de 4º, 5º e 6º anos, Valdeir informou que nas unidades estaduais são permitidos 27 alunos por sala. No município, a instrução normativa alterou o máximo de 30 para 32. Por fim, em cada sala com alunos de 7º, 8º e 9º anos, o Estado permite até 30 estudantes. Já no município, são 35 crianças.
De acordo com o diretor do Sintep, a prefeitura decretou o aumento para garantir maior número de alunos nas salas, sem necessidade de construir novas escolas. “Continuo considerando que foi uma decisão para suprir a falta de construção de escolas e diminuir a fila de espera. Sinop passa por um processo de crescimento acelerado há vários anos. Não foi de uma hora para outra. Infelizmente, a prefeitura não acompanhou”, avaliou.
O novo decreto já está em vigor. De acordo com o último censo escolar, 12,7 mil alunos estão matriculados na rede municipal de ensino de Sinop.
