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Agosto Lilás: é tempo de dar um basta à violência contra a mulher

Virginia Mendes é primeira-dama do Estado de Mato Grosso e Idealizadora do Programa Ser Família, ativista em causas sociais e no combate à violência contra a mulher
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Iniciamos o mês de agosto com um chamado à consciência: a violência contra a mulher precisa ser combatida com firmeza, coragem e ação contínua. O Agosto Lilás não é apenas um símbolo, é um alerta real sobre a urgência de proteger as mulheres, de garantir que nenhuma delas seja silenciada, agredida ou abandonada diante da violência que, infelizmente, ainda se repete todos os dias.

Como mulher, mãe e cidadã, não consigo me calar diante de tantas histórias de dor, medo e injustiça. A cada nova denúncia, a cada rosto marcado por agressões físicas ou emocionais, reforço meu compromisso de continuar essa luta, com responsabilidade e sem medir esforços. A violência contra a mulher não escolhe idade, classe social nem região. Por isso, é dever do poder público e de toda a sociedade enfrentar essa realidade com seriedade.

Infelizmente, o Código Penal Brasileiro ainda carrega o peso do passado. Criado em 1940, há mais de 80 anos, ele não reflete a complexidade e gravidade dos crimes cometidos hoje. As penas são brandas e ultrapassadas. A consequência disso é grave: os agressores já não têm medo da punição, pois a legislação atual não os inibe nem os responsabiliza à altura dos danos causados.

É por isso que defendo, com firmeza, leis mais duras, claras e rigorosas. O Governo Federal e o Congresso Nacional precisam, com urgência, aprovar reformas que atualizem o Código Penal e deem à Justiça instrumentos eficazes para coibir a violência contra a mulher. Sem punições exemplares, a violência continuará fazendo vítimas.

Enquanto essas mudanças não vêm, o Governo de Mato Grosso tem feito tudo que está ao seu alcance, para proteger quem mais precisa. Políticas públicas como o programa Ser Família Mulher têm oferecido suporte direto às vítimas, com medidas protetivas, auxílio financeiro, acolhimento e moradia temporária — garantindo que essas mulheres possam recomeçar com dignidade. Ferramentas como o Botão do Pânico também têm ajudado a salvar vidas e ampliar a proteção.

Outro passo importante é a prevenção. Campanhas educativas e de conscientização já estão em andamento e serão reforçadas com ações dentro das escolas, com foco em crianças e adolescentes. Queremos formar uma geração que saiba identificar os sinais de violência e que não tenha medo de denunciar.

Essa iniciativa já permitiu que muitas mulheres, antes invisíveis aos olhos do Estado, hoje sejam ouvidas, protegidas e valorizadas.

Mas a luta vai além. Quando a violência se transforma em algo ainda mais cruel e irreversível, o feminicídio, o que era dor se torna luto. Cada vida perdida por feminicídio representa o fracasso de um sistema que não conseguiu proteger, agir a tempo ou punir com rigor. E cada uma dessas mortes me toca profundamente como ser humano.

É por essas mulheres que não voltaram para casa, por aquelas que ainda vivem com medo, e por todas que lutam todos os dias para recomeçar, que o compromisso do nosso governo é seguir firme, com coragem e responsabilidade, para proteger vidas e enfrentar a violência com seriedade.

Neste Agosto Lilás, que a nossa indignação vire atitude. Que nossa voz ecoe por mudanças concretas. E que a Justiça siga sendo um amparo real e uma fonte de esperança para cada mulher que busca recomeçar.

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