A contribuição da polinização animal no valor da produção agrícola e extrativista em Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e demais cidades do Nortão, em 2023, foi entre 6% e 25% do total, conforme Só Notícias apurou em gráficos divulgados, hoje, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em todo Estado, a média se mantêm na grande maioria das cidades, com exceção de Colniza, São José dos Quatro Marcos, Acorizal e Rondolândia, onde a contribuição é de 26 a 65%.
O estudo investigou “a quantidade produzida, a área colhida e o valor da produção de cultivos que possuem diferentes níveis de dependência da ação de polinizadores animais, como abelhas, borboletas, besouros e morcegos”. Assim, quanto maior for o indicador, maior a contribuição estimada da polinização animal.
De acordo com o IBGE, entre os 89 produtos analisados, 48,3% dependem, em algum grau, da polinização animal, sendo que esse impacto é mais expressivo nas culturas permanentes e extrativistas, que apresentam maior dependência desse processo. No Estado, os cinco produtos mais dependentes, de 1996 a 2023, são a soja, algodão, feijão, tomate e melancia.
O estudo ainda apontou que níveis de dependência da polinização das culturas permanentes em Mato Grosso e em todo Centro-Oeste, diferentemente do observado nas outras regiões, foram semelhantes aos das culturas temporárias.
A polinização é o processo em que animais transferem o pólen das partes masculinas de uma flor (anteras) para as partes femininas (estigma), permitindo a fecundação e a produção de sementes e frutos. Essa interação beneficia tanto as plantas, que se reproduzem, quanto os animais, que obtêm alimento como néctar ou pólen.
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