A equipe de Polícia Civil apreendeu, ontem à tarde, mais de 1,1 mil cigarros eletrônicos em um estabelecimento voltado exclusivamente ao comércio do produto ilegal, no bairro Flor do Cerrado. Segundo o delegado Lucas Wanick, os produtos são avaliados em cerca de R$ 600 mil.
“Só hoje, pelo que apuramos, tinham mais de 60 clientes comprando vapers. A empresa tinha toda uma estrutura, com apoio de motoboy, recepcionista, entre outras coisas. Pelo que apuramos, a empresa estava com faturamento bruto de R$ 300 mil por mês, apenas vendendo cigarros eletrônicos. Esse dinheiro não declarado é tudo ilícito, sem pagamento de impostos, vendendo um produto que é de comercialização proibida no Brasil, não regulamentado pela Anvisa.”
“Todos os dias temos cigarros eletrônicos sendo apreendidos com crianças e adolescentes em escolas, não há qualquer tipo de controle sobre este cigarro, as crianças vêm comprando, esta loja, por exemplo, entregava e não havia um pedido de identidade, nada para ver a idade da pessoa que estava consumindo. São sujeitos que se dizem empresários na cidade, vendendo esse material proibido.”
“A gente vê todos os dias pessoas que estão morrendo pelo uso de cigarros eletrônicos, são diversas notícias, já tem até uma doença identificada pela ciência pelo uso do cigarro eletrônico.” O delegado citou a doença denominada como EVALI, a lesão pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos ou produtos de vaporização.
Ainda segundo Wanick, o proprietário foi identificado, porém, não foi encontrado no estabelecimento. “A gente está esperando, diz ele que vai se apresentar, mas caso não se apresente, pediremos a prisão preventiva dele. Ele incorre em vários tipos de crimes, dentre eles, contrabando, crimes contra a saúde pública e crime tributário.”
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