A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Marluce Souza e Silva, em entrevista na sede do Só Notícias, na semana passada, informou que esteve em audiência com representantes indígenas do campus de Sinop. Eles apresentaram projeto para a criação de um núcleo de atendimento especial à população indígena, que garantiria o ingresso e permanência nos cursos de ensino superior. De acordo com a reitora, atualmente, existem cerca de 60 jovens de territórios indígenas do Xingu interessados em ingressar na UFMT.
Marluce declarou que as diferenças culturais podem oferecer dificuldades. “Muitas vezes eles ingressam, mas não conseguem permanecer em função dos próprios costumes, da cultura, porque a universidade tem um projeto que foi elaborado para nós, que somos parte dessa sociedade aculturada da forma que nós fomos. Então, a gente precisa modificar nossos projetos, nossos planos de ensino e para isso a gente precisa ter um núcleo especial de atendimento a eles”, disse.
Ela ainda complementou que muitos acabam optando por universidades privadas. “Isso contraria nosso projeto de universidade pública, gratuita, diversa, de qualidade, nós precisamos dar atenção especial de agora em diante. Então essa é uma proposta nossa, já do nosso programa de gestão, de atendimento à diversidade nas nossas unidades”, afirmou.
Como forma de prosseguir com a demanda, a reitora solicitou informações de custo, número de docentes e logística, que devem ser apresentadas em nova reunião com data ainda indefinida.
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