sexta-feira, 4/julho/2025
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Plano Safra 25/26: menos investimento, mais juros e muita propaganda

Coronel Fernanda é deputada federal e procuradora da Mulher na Câmara Federal.
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O novo Plano Safra foi lançado com pompa no Palácio do Planalto. Falaram em “recorde” de recursos, em apoio ao agro e em compromisso com os produtores. Mas, como sempre, a realidade no campo é bem diferente da propaganda feita nos salões de Brasília.

Vamos aos números reais, sem fake news: os juros para o crédito rural atingiram até 14% ao ano! Isso mesmo: enquanto o produtor luta contra estiagem, pragas, custos elevados e insegurança jurídica, o governo federal impõe juros proibitivos que, na prática, inviabilizam novos investimentos. O crédito encareceu, e muito.

E não para por aí. O volume de financiamentos para investimento nas atividades agropecuárias — justamente o que move o desenvolvimento no campo — caiu mais de 5% em relação ao ano anterior. Ou seja, menos apoio para quem quer crescer, modernizar ou diversificar a produção.

O aumento total de recursos anunciados foi de apenas 1,5% em relação ao Plano Safra anterior. E, como já demonstrado por mim com base em dados oficiais, nem mesmo os recursos prometidos para a safra 2024/2025 foram integralmente liberados. Até maio deste ano, só cerca de 70% do valor anunciado no ano passado havia sido efetivamente desembolsado. É a velha história: muito marketing, pouca execução.

Enquanto isso, o Brasil amarga uma Selic a 15% — reflexo direto da política econômica desastrosa do governo Lula, que tem comprometido a atuação do Banco Central no controle da inflação. Um verdadeiro recorde…mas um recorde negativo, que impacta diretamente o custo do crédito, inclusive no campo.

O produtor rural merece respeito, previsibilidade, apoio real e crédito acessível. Em vez disso, recebe promessas vazias, taxas impagáveis e um governo que trata o agro com desconfiança — mesmo sendo o setor que sustenta a economia nacional, gera empregos e garante a segurança alimentar do país.

Fica aqui o meu compromisso de continuar fiscalizando, denunciando distorções e defendendo, com firmeza, o agro mato-grossense e brasileiro. Porque quem planta e colhe não pode mais ser tratado como inimigo.

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