A senadora Margareth Buzetti (União Brasil) se manifestou esta tarde sobre sua ausência na votação que ocorreu ontem e definiu o aumento no número de deputados federais. A proposta foi aprovada com 41 votos favoráveis, o mínimo necessário. Como houve alteração, o projeto volta para análise da Câmara dos Deputados.
Margareth afirmou que sempre se posicionou contra o projeto e chegou a tentar participar da votação, que ocorreu de forma remota. No entanto, como estava fora do país, em missão oficial do Senado, não conseguiu conexão para registrar o voto contrário ao projeto.
“O que mais eu lamento é de não ter conseguido votar ontem, pois estava numa missão oficial de Estado, em busca de recursos para o Todos pelo Araguaia e foi bem-sucedida. Mas eu lamento não ter conseguido votar. Eu consegui votar no requerimento de urgência (para que o projeto não fosse votado ontem), mas aí saiu o voo e ficou instável a internet”, disse a parlamentar.
Ela criticou a decisão, ao ressaltar que resultará em mais gastos públicos. “Câmara e Senado não ouviram o povo brasileiro. Mais de 70% da população rejeita o aumento no número de deputados. Mas o Congresso resolveu não ouvir e pronto. Eu me posicionei contra desde o começo, mas não deu certo. Mesmo sabendo que o meu não faria diferença, pois já tinha dado 41 votos favoráveis, eu lamento muito não ter votado. Mas a senadora Damares registrou meu voto contrário para que fique nos anais do Senado. E lamento mais pelo Senado ter feito essa votação tão importante e significativa para o povo brasileiro de forma remota. Infelizmente, teremos mais gasto público pela frente”, concluiu.
Só Notícias apurou que os outros dois senadores da bancada mato-grossense, Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL), votaram contra o aumento. “Sim, em plena crise, com o povo sufocado por impostos e a máquina pública inchada, decidiram que o caminho é criar mais cargos e mais despesas. Eu votei contra. Porque não é isso que o Brasil precisa. O que a população quer é menos privilégio e mais responsabilidade com o dinheiro público!”, afirmou Wellington, em suas redes sociais.
Com o projeto, Mato Grosso ganha duas novas vagas de deputados federais e passa a ter 10 cadeiras na Câmara. Além disso, também serão criadas seis novas vagas de deputados estaduais. Com isso, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso passa a ter 30 parlamentares. A previsão é que o Estado tenha um dos maiores impactos orçamentários com a medida, cerca de R$ 22 milhões a mais de gastos por ano com os novos parlamentares.
Em relação ao aumento de deputados federais, os senadores aprovaram uma emenda que proíbe a elevação de despesas, excluindo, no entanto, os salários. A previsão inicial era de um gasto anual de R$ 64 milhões. Com a emenda, a previsão é de que a Câmara dos Deputados tenha um aumento de R$ 10 milhões por ano com os salários dos 18 novos parlamentares.