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Mais dois policiais são indiciados por morte de advogado em Mato Grosso

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Redação Só Notícias (foto: Só Notícias/arquivo)

A Polícia Civil indiciou, hoje, mais dois policiais militares pelo crime de homicídio qualificado do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, ocorrido em 5 de julho do ano passado, em Cuiabá. Os militares eram investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em inquérito complementar, que também foi concluído.

Segundo as investigações da DHPP, os dois agiram como intermediadores do homicídio. Um dos militares também está envolvido no empréstimo da arma usada no crime. As qualificadoras do indiciamento dos dois policiais pelo crime de homicídio são promessa de recompensa (e com recebimento), emprego de meio que possa resultar perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

No início de maio, a DHPP também indiciou um caseiro e outro policial militar como envolvidos diretamente na execução do homicídio do advogado Renato Nery. Os dois, que estão presos preventivamente, foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado pela promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Conforme as apurações, o policial militar foi o intermediário contratado pelo casal para fazer o “serviço”. Ele conseguiu a arma de fogo usada no homicídio e foi quem repassou a arma para o caseiro da chácara, que pilotou a motocicleta Honda Fan até o local do crime e efetuou os disparos que atingiram o advogado.

As investigações identificaram um casal, moradores de Primavera do Leste, como mandante do crime. A motivação do crime foi uma disputa de terra. Ambos tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça também no início de maio e permanecem presos. Eles ainda continuam a ser investigados pela DHPP.

Outros quatro militares foram, ainda, indiciados em outro inquérito da DHPP que apurou o confronto entre criminosos e a Polícia Militar, ocasião em que foi encontrada a arma utilizada no assassinato do advogado. A suposta ocorrência foi registrada sete dias depois do homicídio. Essa investigação tramitou de forma distinta e simultânea com o inquérito sobre o homicídio de Renato Nery.

Ao contrário da versão apresentada pelos militares, de que os suspeitos abordados na ocorrência faziam uso de arma de fogo, constatou-se que aquelas pessoas não estavam armadas na ocasião, apontou a Polícia Civil, que acrescentou ainda que a investigação apurou, com base em exames periciais e outras provas, que as armas apresentadas pelos militares foram colocadas na cena do crime depois do suposto confronto.

Os quatro envolvidos foram inquiridos mais de uma vez sobre a ligação da arma com o homicídio do advogado, mas os militares reservaram-se no direito ao silêncio. Ainda segundo a polícia, até o momento, não há indícios de participação direta dos demais militares na execução do homicídio do advogado.

O inquérito sobre o confronto aponta o envolvimento dos quatro no sentido de ocultar a impunidade do crime anterior, pelo fato do grupo ter dispensado a arma de fogo usada no homicídio de Renato Nery.

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