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Sinop: delegado aponta ‘inconsistências’ em investigação de feminicídio de psicóloga; assista

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Só Notícias/Ana Dhein com Fabiano Marques (foto: Só Notícias/arquivo)

O delegado Ugo Mendonça confirmou, no início desta tarde, que a hipótese de suicídio de Janaina Carla Portela Santin, de 43 anos, foi descartada após trabalho de perícia da equipe do Instituto Médico Legal de Sinop. Segundo Ugo, o suspeito, de 44 anos, marido da vítima, teria inicialmente alegado que havia ocorrido uma discussão, na qual ela teria se apoderado da pistola, efetuado diversos disparos na direção dele, o atingindo na perna e, em seguida, atirado na própria cabeça. O tiro teria atingido a lateral direita da cabeça de Janaina com saída do lado esquerdo.

“Assim que fui informado de algumas incoerências na versão dele, acionei novamente a perícia, voltei no local com o investigador Gilson, e verificamos realmente a inconsistência na versão dele com relação à distância, ângulo de disparo, inclusive esse feito na perna dele. No local mesmo, os peritos já tinham detectado a ausência de qualquer tiro encostado, que é típico de quem pratica suicídio. Um tiro na cabeça, encostado de suicídio, ele deixa algumas marcas típicas, próprias dessa situação, e isso não foi encontrado. Eu acompanhei a necrópsia hoje de manhã, e juntamente com a médica e os peritos, foi novamente confirmado que não havia esse sinal de tiro encostado na cabeça da vítima, descartando assim a hipótese de suicídio.”

Ugo Mendonça ainda acredita que o suspeito possa ter alterado a cena de crime, mudando a “posição do corpo, acredito que ele mesmo efetuou os disparos, simulando que a vítima teria efetuado esses disparos, e acredito que ele mesmo efetuou o disparo na perna dele, que é compatível o ângulo de entrada e saída com a direção do disparo pelo fato dele ser destro. A principal informação era descartar o tiro encostado, que é típico do suicídio, não tendo esses sinais de disparo encostado na cabeça, fica afastado da hipótese de suicídio.”

“Agora foi feita a prisão em flagrante, encaminhado ao Ministério Público e Judiciário, outras diligências ainda serão efetuadas, mas eu acredito que já tem elemento suficiente para responsabilizar ele pela morte dessa mulher. O principal mesmo era descartar a hipótese de tiro encostado, que é típico do suicídio. Não tendo esse tiro encostado, não tendo esses vestígios, não tem como sustentar a versão dele de que ela praticou suicídio. Ele está preso por suspeita de feminicídio.”

Conforme Só Notícias já informou, o fato ocorreu na residência do casal, na avenida das Figueiras, bairro Delta. Janaina era psicóloga e deixa um casal de filhos.

O suspeito agora aguarda audiência de custódia.

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