A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso manifestou preocupação e criticou o governo Lula pelos impactos da Medida Provisória 1.303/2025 que estabelece alíquota de 5% de Imposto de Renda sobre rendimentos de títulos como LCAs, CRAs, CPRs e Fiagros, antes isentos. A entidade argumenta que a mudança, válida para papéis emitidos a partir de 1º de janeiro de 2026, pode elevar o custo do crédito rural, pressionar a produção agropecuária e, consequentemente, aumentar o preço dos alimentos para o consumidor. Segundo a Famato, o agronegócio — responsável por 30% do PIB nacional e mais de 80% do abastecimento interno — depende desses títulos. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), por exemplo, representaram 29% do crédito rural na safra 2024/25. Com a taxação, a entidade prevê que a atratividade desses investimentos cairá, elevando os juros e encarecendo o acesso a recursos por produtores, cooperativas e agroindústrias. “ O encarecimento do crédito se traduz em alimentos mais caros na prateleira, penalizando diretamente o consumidor. Famílias de menor renda sentirão primeiro os efeitos da medida, que gera um efeito cascata da fazenda ao supermercado”, criticou a federação.