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Aceitação superficial

*Wilson Carlos Fuáh – especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências Econômicas - [email protected]
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Vivemos tempos em que o rótulo importa mais do que o conteúdo. Perde-se horas preciosas tentando se adequar a padrões ilusórios, com medo do que vão dizer sobre nossas roupas, nossas falas ou mesmo nossas origens. Há quem esconda suas raízes para se encaixar em tribos sociais que valorizam mais a imagem do que a essência.

Apesar de sabermos que é impossível viver duas vidas ao mesmo tempo, muitos preferem sustentar aparências ou adotar o modelo “politicamente correto” apenas para agradar. Com isso, erguem barreiras invisíveis entre si e os outros — e, pior, afastam-se de si mesmos. A autenticidade vem sendo sacrificada no altar da aceitação superficial.

Há pessoas que desconfiam até das bênçãos do dia bom. Quando tudo parece estar no lugar, procuram defeitos, esperando que algo dê errado — como se a imperfeição fosse obrigatória. Essa desconfiança crônica revela o quanto nos acostumamos ao incômodo, ao ponto de estranharmos a paz.

No laboratório da vida, lidamos com pessoas difíceis. Ao contrário do que muitos pensam, esse convívio é um grande achado. São oportunidades para exercitar o amor gratuito. A verdadeira terapia é de mão dupla: recebe mais aquele que se doa. Mas muitos ainda param diante dessa porta, temerosos, e acabam perdendo a chance de crescer — pessoal e espiritualmente.

Aqueles que vivem presos ao “brilho social” ou ao vazio parental, talvez ainda não tenham entendido que as decepções amorosas e financeiras fazem parte da jornada. Enfrentá-las é libertador. O poder de escolha é o que rompe os cárceres mentais. Quando superamos o preconceito, abrimos espaço para a tolerância e a solidariedade — virtudes nascidas da humildade.

A cada esquina, há a chance de praticar a cooperação mútua e aliviar a dor do outro. Quem sofre de depressão, muitas vezes, está decepcionado consigo mesmo. Trata-se de uma dor da alma que vai muito além da química cerebral. A cura não está apenas nas “caixinhas de tarja preta”, mas principalmente no auxílio interior e na conexão espiritual.

Quando alguém sai da escuridão da tristeza profunda, é porque Deus lhe estendeu a mão. Nesse momento sagrado, há uma fusão entre a luz da alma e a presença do divino. A vontade própria é fundamental, mas a fé é o combustível que leva à cura.

Corajoso é aquele que entra no território do outro para entender sua dor. A ajuda à distância pouco vale quando não se estende a mão com presença real. Ainda há muitos prisioneiros do mundo das aparências e dos pactos sociais vazios, esquecendo-se de que não há cadeado mental que resista ao poder transformador da caridade.

Doar-se é o remédio mais eficaz para atravessar as fronteiras do egoísmo. Quem acumula ações baseadas no ego, na indiferença e no orgulho, constrói atrasos para sua própria evolução. Por isso, não se deixe seduzir por pensamentos inúteis que te afastam de sua essência.

Fortaleça seu espírito com orações sinceras, pratique o bem, e renove sua esperança. A vida se tornará mais leve no dia em que compreendermos que o simples é, na verdade, extraordinariamente fácil.

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