Foi divulgado, ontem à noite, pelo ministério do Meio Ambiente e instituições, o anuário estatístico do patrimônio da espeleologia (ciência que estuda cavernas e cavidades) brasileira, referente aos últimos dois anos, com informações de mais de 26 mil cavidades naturais subterrâneas, destas 585 estão em Mato Grosso (106 em assentamentos rurais). Dos biomas a qual o Estado pertence, 46,10% estão localizados no Cerrado, 3,4% na Amazônia e menos de 1% no Pantanal (12 cavernas).
Nas unidades da federação, Minas Gerais é o estado brasileiro com o maior número de cavernas conhecidas, com um total de 12,9 mil cavernas (49,5%), seguido pelo Pará, 3,2 mil cavernas (12,3%) e Bahia, 2 mil (7,7%). Mato Grosso ocupa a 8ª posição.
De acordo com o anuário, as cavernas são responsáveis por uma série de processos naturais, desempenham papel fundamental no armazenamento da água, protegem e conservam minerais raros e servem de morada para diversas espécies, muitas delas endêmicas.
O anuário ressalta também que os ambientes naturais subterrâneos oferecem um laboratório natural de conhecimento, em que é possível entender, por exemplo, como as mudanças do clima estão impactando o meio ambiente, permitindo que sejam definidas estratégias para frear esses impactos.
Os dados apresentados no anuário foram correlacionados com os seguintes temas: bacias hidrográficas, biomas, solos, geologia, unidades de conservação, rodovias, ferrovias, assentamentos rurais, mineração, petróleo, usina hidrelétrica, pequena central hidrelétrica e linhas de transmissão. Cada tema utilizado provém de distintas bases de dados do governo federal, disponibilizadas por meio dos seus respectivos órgãos ou agências reguladoras.
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