Policiais civis do Rio de Janeiro, em conjunto com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, informaram que impediram um ataque à bomba no show da Lady Gaga, ontem, em Copacabana. As instituições realizaram uma ação conjunta contra um grupo que disseminava discurso de ódio e preparava um plano, principalmente contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+. As diligências contaram também com a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Entre os suspeitos está um morador de Campo Novo do Parecis (401 km de Cuiabá). Foi cumprido mandado de busca e apreensão no endereço do alvo.
A “Operação Fake Monster” foi planejada a partir de uma investigação que identificou que os envolvidos estavam recrutando participantes, inclusive adolescentes, para promover ataques integrados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. O plano era tratado como um “desafio coletivo”, com o objetivo de obter notoriedade nas redes sociais, informou a polícia carioca. Um homem, líder do grupo, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul e um adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil no Rio.
Os alvos da operação atuavam em plataformas digitais, promovendo a radicalização de adolescentes, a disseminação de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos como forma de pertencimento e desafio entre jovens. O alerta partiu da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil, que motivou a elaboração de um relatório técnico pelo Ciberlab da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do MPSP.
Além do mandado em Mato Grosso, também foram cumpridas 15 ordens de busca e apreensão a outros alvos no Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé, no Rio; Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, em São Paulo e São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul.
Nos endereços dos alvos, foram arrecadados dispositivos eletrônicos e outros materiais que serão analisados, a fim de robustecer as investigações. Como desdobramento da operação, na tarde deste sábado, os agentes também foram a Macaé para cumprir um mandado de busca e apreensão a um indivíduo que também planejava ataques. Ele ameaçava matar uma criança ao vivo, e responde por terrorismo e induzimento ao crime.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que segue as investigações.
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