Cerca de 70 técnicos de enfermagem e funcionários de serviços gerais contratados pelo Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande paralisaram parcialmente as atividades do PSM na manhã de ontem (30) em protesto ao atraso do recebimento do 13º salário. Os funcionários ainda denunciam a falta remuneração das férias e o número reduzido de funcionários, principalmente no laboratório do hospital.
Segundo a técnica em enfermagem e estudante de direito Sandra Maria de Morais Carvalho, há muito tempo as férias não são remuneradas e falta gente para repor as folgas. "Estamos em duas funcionárias para atender até 300 pacientes por dia", se revolta a técnica em análises clínicas Francione Cardoso Monteiro.
Os técnicos universitários que ganham bolsa de estudos da parceria entre a Fundação de Saúde de Várzea Grande (Fusvag) e dois centros universitários do município também estão indignados. Segundo Sandra Maria, alguns bolsistas não estão conseguindo realizar a rematrícula, pois uma das Universidades alega que não recebeu o repasse da Fundação. Entretanto, a porcentagem descontada dos salários dos funcionários para o pagamento parcial da bolsa vem sendo debitada regularmente do salário dos bolsistas.
Outro lado – Depois de uma reunião entre a Superintendência do PSM e a administração municipal, a prefeitura garantiu a efetuação do pagamento aos funcionários contratados ainda na tarde de quarta-feira (30). Quanto ao repasse referente às bolsas de estudo, o assessor da superintendência, Gonçalo Xavier, afirma que não entende porque a universidade não está aceitando a rematrícula, "o dinheiro já foi repassado e tudo está regularizado". Xavier também afirma desconhecer a falta de pagamento das férias. Já em relação baixo número de funcionários, o assessor defende que não há como estipular um número máximo de exames e explica que, na falta de um funcionário, o outro colega recebe a mais devido ao acúmulo de trabalho.
