O governo do Estado deverá assumir a administração do Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá e de Várzea Grande. Este foi o resultado da reunião entre governador Silval Barbosa (PMDB), o secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, e presidentes e representantes dos poderes constituídos do Estado para avaliar uma medida emergencial para amenizar a crise instalada na área da saúde em Mato Grosso.
Assim como está sendo implantado, gradualmente, nos hospitais regionais do interior, as duas unidades da grande Cuiabá também serão repassadas para Organizações Sociais de Saúde. O processo de chamamento público para contratação deste entidade deve acontecer em breve. Enquanto este processo não é implantado, será realizado um mutirão de cirurgias para que a fila de pessoas que precise deste tipo de atendimento não aumente ainda mais.
O Pronto Socorro de Cuiabá é alvo de denúncia por parte dos médicos que trabalham no local, devido a falta de condições. Recentemente, a unidade registrou a morte de um paciente de 38 anos há poucos dias. De acordo com o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina, Arlan de Azevedo Ferreira, a morte foi causada por falta de local adequado e equipamentos para realização do procedimento de cardioversão (choques para colocar ritmo no coração).
Estimativa do Pronto Socorro aponta que mais de 130 pessoas estão internadas nos corredores da unidade. No domingo (15), após a reunião, foi iniciado a transferência dos pacientes para a nova ala da unidade, com 42 leitos e 56 acomodações para pessoas em observação.
Além de Silval e Henry, estiveram presentes o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT), Cláudio Stábile, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rubens de Oliveira e representantes do Ministério Público Estadual e do Conselho Municipal de Saúde.
