A Secretaria de Estado de Saúde está investigando mais uma morte que teria ocorrido em decorrência da dengue em Mato Grosso. Com este, sobe para três casos do tipo em análise. Desde janeiro, pelo menos dois óbitos foram confirmados como consequência da doença. No novo balanço divulgado pela pasta aponta que, de janeiro até hoje, foram notificadas 12,7 mil suspeitas de dengue. Destes, 53 consideradas graves. Cuiabá lidera a relação, com pouco mais de 3 mil casos. Em Sinop foram identificados 1,8 mil; em Várzea Grande, 1,2 mil e, em Rondonópolis, 238, informa assessoria.
A secretaria continua realizando os monitoramentos – por exame laboratorial – para a identificar quais os sorotipos da doença estão circulando no Estado. A pesquisa é desenvolvida em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças e Alta Floresta. Até o momento, o novo vírus (DEN 4) foi identificado na capital, em Várzea Grande e na Regional de Diamantino (especificamente no município de Nobres). “Todas as vezes em que há “troca” do vírus predominante, ou um novo vírus, há risco de epidemias porque parte da população não está imune a ele. Além disso, casos graves podem aumentar porque estão relacionados a sucessivas infecções por diferentes vírus da doença”, explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Oberdan Ferreira Coutinho Lira.
O novo sorotipo não é dos mais agressivos, mas com a população mato-grossense 100% vulnerável, o perigo aumenta. Oberdan explica ainda que a hemorragia por dengue não depende apenas da virulência do sorotipo, mas também da reação do organismo.
