O governo estadual pretende cobrar das prefeituras maior número de serviços prestados em atenção básica para descongestionar os atendimentos nos hospitais de alta e média complexidade, como, por exemplo, o Hospital Regional de Sinop. Em visita ao município, o secretário de Estado de Saúde, Marco Bertúlio, informou que o Executivo está pressionando a Assembleia Legislativa para que uma lei de 2012, que diminuiu em 50% os repasses para os municípios, seja revogada. “Queremos dobrar o valor repassado atualmente para que os prefeitos tenham condições de trabalhar com atenção básica. Mas vale lembrar que cobraremos de forma contundente os serviços, pois, se funcionarem a contento, diminuem muito os atendimentos hospitalares”.
Segundo Bertúlio, a partir deste mês, os hospitais regionais de Sorriso e Sinop passarão para a administração do Consórcio Teles Pires. Para isso, o governo finaliza as pendências financeiras e jurídicas com as ex-administradoras das unidades, as Organizações Sociais de Saúde (OSSs). “Existem passivos importantes e o que for do período de intervenção o Estado vai assumir tranquilamente. Temos um compromisso de pagar em 30 dias as pendências. Alguns servidores terão os pagamentos quitados até o dia 18. Agora, o que for de responsabilidade da OSS será caso de auditoria. O objetivo é garantir a tranquilidade ao consórcio”, ressaltou.
O secretário ainda garantiu que o Estado tem interesse no credenciamento do serviço de Hemodinâmica, Radiologia e Cardiologia Intervencionista do Intercor, recém inaugurado no município com investimentos de R$ 3 milhões, para que pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS) também sejam atendidos. “Estamos solicitando que a unidade proceda a habilitação deste serviço junto ao Ministério da Saúde. É algo que pode garantir que as pessoas sejam atendidas mais perto de onde moram”.
Durante a visita ao município, Marco Bertúlio e o governador, Pedro Taques (PSDB), participaram da inauguração do Intercor e vistoriaram, conforme prometido na última vez que estiveram em Sinop, os leitos das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) neonatais e pediátricas do Hospital Regional.