terça-feira, 30/abril/2024
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Serviços e o consumo puxam avanço no PIB

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O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do 2º trimestre, de 0,2% sobre o 1º trimestre de 2017, foi puxado por serviços e consumo, afirmou nesta sexta-feira (1º), a coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis. Do lado da produção, o comércio (com alta de 1,9% ante o 1º trimestre) puxou os serviços. Pelo lado da demanda, o destaque foi o consumo das famílias, com alta de 1,4%.

“O crescimento foi puxado por serviços e consumo das famílias”, disse Rebeca, em entrevista coletiva lembrando que o consumo das famílias já tinha registrado queda menor no 1º trimestre. Entre a série de fatores para explicar a alta do consumo das famílias, Rebeca citou a massa salarial crescendo em termos reais, “porque o salário real está crescendo, com a forte desaceleração da inflação”. “O aumento do salário real mais que compensou a queda na ocupação”, afirmou Rebeca, lembrando que houve também o efeito positivo da liberação dos recursos das contas inativas do FGTS. Outros fatores por trás da alta do consumo são as taxas de juros menores, embora o crédito ainda esteja caindo em termos reais.

No geral, para a pesquisadora, o destaque positivo do PIB do 2º trimestre foi o consumo das famílias, enquanto o destaque negativo foi a queda dos investimentos (de 0,7% ante o 1º trimestre e de 6,5% em relação ao 2º trimestre de 2016).

Segundo Rebeca, o crescimento do PIB do 2º trimestre deste ano confirma a trajetória mais positiva da atividade econômica. Olhando o ciclo, a partir do 2º semestre do ano passado, estamos em trajetória ascendente, afirmou Rebeca, mostrando um gráfico com a variação do PIB acumulado em 4 trimestres. A pesquisadora frisou que o IBGE não data os ciclos econômicos, identificando o término da recessão, mas reconheceu que essa trajetória ascendente é “coerente com a saída de uma recessão”.

Para ela, o ajuste fiscal conduzido pelos governos federal e estaduais afetou o desempenho da construção. A construção teve recuo de 7% no 2º trimestre ante o mesmo período do ano passado, a principal contribuição negativa para o PIB industrial, que encolheu 2,1% no período. “Tem uma parte importante da construção que tem a ver com o setor público. Se você tem que fazer ajuste fiscal – e isso está acontecendo nos 3 níveis, especialmente no governo federal e Estados -, o mais fácil de cortar é investimentos. A parte de investimento público realmente está sofrendo”, contou Rebeca.

Quanto ao setor privado, a recuperação também é muito gradual, de médio e longo prazo. No 2º trimestre, a construção teve perda tanto pela parte imobiliária quanto pela infraestrutura, disse Rebeca. “Quem mais investe é governo e empresas. A família investe pouco, é muito menor comparado ao setor público e empresas”.

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