O chefe do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), promotor Marco Aurélio de Castro, confirmou que será apresentada mais uma denúncia contra o empresário Alan Malouf, sócio do Buffet Leila Malouf, na próxima semana. Ele também confirmou que o mesmo está prestando depoimento aos promotores do Gaeco, esta tarde.
“Estão questionando o motivo de o Gaeco estar ouvindo o Malouf tão rápido. Isso ocorre porque vamos oferecer denúncia na segunda-feira. Seria inaceitável de nossa parte, até incabível, oferecer denúncia sem dar a oportunidade de ouvi-lo”, disse o promotor Marco Aurélio, pouco antes de iniciar a oitiva, segundo o MidiaNews.
O promotor afirmou que pretende ter mais informações sobre a possível participação do empresário no esquema criminoso montado na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). “Queremos saber se realmente ele teve a responsabilidade que é imputada a ele pelos demais corréus”.
Alan Malouf é acusado de “montar” um esquema de fraudes em licitações na Seduc para recuperar os R$ 10 milhões investidos por ele na campanha eleitoral do governador Pedro Taques (PSDB), em 2014. Os desvios são alvos da operação Rêmora que levou à prisão o ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto (PSDB).
Em depoimento à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, ontem à tarde, Permínio admitiu que realmente houve um esquema funcionando dentro da pasta e alegou ter sido omisso com o fato. Ele também confirmou que recebeu propina do empresário Alan Malouf, que também foi preso na última fase desta operação. "O último recebimento que tive foi dele, cerca de R$ 20 mil a R$ 25 mil", afirmou Permínio. A juíza Selma Arruda perguntou se seria um complemento ao salário e o ex-secretário negou. “Isso não existe. Apesar de que no meu holerite vinha um salário de R$ 13 mil. Eu acho muito pouco”.
