O Ministério Público Eleitoral (MPE) protocolou representação pedindo a cassação do registro de candidatura do deputado estadual Wilson Santos (PSDB) e também do vereador Leonardo Oliveira (PSB), candidatos a prefeito e vice de Cuiabá, por compra de votos. A revelação foi feita, esta manhã, pelo deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB), adversário do tucano no 2º turno da disputa pelo comando do Palácio Alencastro.
Conforme a denúncia do MPE, assinada pelo promotor Vinícius Gahyva, o eleitor Lucas Matos Morais foi procurado por um dos coordenadores da campanha tucana, Ronaldo Ferreira Moraes Reis, o DJ Roni, que teria oferecido R$ 500 para que ele reunisse 40 pessoas do bairro Planalto.
O grupo deveria participar de uma reunião política no Hotel Fazenda Mato Grosso (Homat Fazenda), organizada pelo ex-secretário de Cultura, Mário Olímpio. Também teria ficado acertado que, após o evento, seria oferecido churrasco com cerveja aos participantes.
No depoimento prestado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Lucas revelou que um ônibus foi usado para fazer o transporte dos eleitores/moradores dos bairros Planalto e Altos da Serra. O policial federal Celso Ricardo Alves Ribeiro, infiltrado no grupo, flagrou o momento em que os eleitores receberam o dinheiro no estacionamento do hotel. Toda a ação foi registrada por fotos e vídeo.
Na reunião, segundo consta na denúncia do MPE, o candidato Wilson Santos “fez pedido explícito de voto e angariado simpatia dos presentes". Outros nomes aparecem na denúncia arrolados como testemunhas da "captação ilícita de votos". São eles, Igor Carlos Ramires de Lima, Jovanir Vieira de Campos e Marcos Sílvio Freitas.
Outro lado
A assessoria de imprensa da Coligação Dante de Oliveira explicou que aguardará o jurídico da campanha examinar a representação para se manifestar.
