PUBLICIDADE

Eleições não empolgam jovens entre 16 e 18 anos

PUBLICIDADE

Jovens com idade entre 16 e 29 anos representam 28,2% do eleitorado mato-grossense. Do grupo que não é obrigado a votar, de 16 a 18 anos, apenas um terço fez título de eleitor e está apto a participar do pleito de outubro. O baixo número pode ser um sintoma do quanto uma parte da juventude está descrente em relação ao processo eleitoral e até ao sistema político do Brasil.

Para o analista político Vinícius de Carvalho Araújo, os sistemas político e partidário mostram sinais de fadiga há muito tempo e isso influencia a maneira como os jovens enxergam a política. “O jovem não se identifica com essa forma ultrapassada de fazer política. Alguém de 25 anos, por exemplo, nasceu no pós-plano real. Não se identifica com os partidos atuais, com as pessoas que estão no poder, eles não têm representatividade. A renovação nas novas gerações é muito pequena. Antigamente, por exemplo, os partidos tinham juventude, que atuavam de forma clara. Com a fragilização dos partidos, a juventude fragiliza também”.

Para a estudante Vitória Crancio Maciel, 21 anos, é exatamente isso o que acontece. “Se eu pudesse escolher, não votaria nessas eleições porque estou meio sem esperança na política”, afirma. O também estudante João Antônio pensa diferente. “Agora é que precisamos participar”.

Após os movimentos de junho de 2013, onde os jovens participaram ativamente, a esperança era que o sistema político se abrisse mais para a juventude. “O que aconteceu foi o contrário. Fechou-se ainda mais. Os políticos não escutam os jovens, não falam em políticas para os jovens. Isso amplia o desinteresse”, complementa o especialista.

“Eu não me sinto representada por ninguém, mas eu também me sinto um pouco alienada. Você lê uma coisa agora sobre um candidato, daqui a pouco lê outra diferente sobre o mesmo, e fica sem saber no que acreditar. Não consigo levar a sério desse jeito”.

A minirreforma eleitoral também influencia no posicionamento dos mais jovens nessas eleições, principalmente em vista de o tempo das propagandas e das campanhas estarem reduzidas. “A redução do tempo de campanha foi horrível nesse aspecto. Favorece aqueles que já estão no poder”, reitera Vinícius Carvalho de Araújo.

“O tempo reduzido é ruim, ainda mais que os candidatos usam o seu tempo somente para atacar outros candidatos. As propostas são fracas e realmente, está bem complicado escolher um candidato que me represente”, dispara Arthur Uehara, advogado de 25 anos. 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Câmara de Nova Mutum reduz valor da verba indenizatória

Câmara Municipal de Nova Mutum aprovou, em sessão ordinária,...

MP destina R$ 2,2 milhões para implantar Corpo de Bombeiros em Paranatinga

O Ministério Público do Estado viabilizou R$ 2,2 milhões...

Nova Mutum cresce no índice de desenvolvimento de Assistência Social

O Índice de Desenvolvimento do Sistema Único de Assistência...
PUBLICIDADE