
Ele virou réu numa ação penal sob acusação de chefiar um esquema de corrupção envolvendo fraudes e direcionamento de licitações na ordem de R$ 56 milhões na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), pasta que ele comandava até o dia 3 de maio deste ano quando foi demitido após o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrar a 1ª fase da Operação Rêmora para cumprir 4 mandados de prisões contra servidores e ex-servidores da Seduc além de um empresário.
O novo habeas corpus, assinado pelo advogado José Eduardo Rangel de Alckmin, de Brasília, foi protocolado nesta quarta-feira (24) e tem como relator o ministro Nefi Cordeiro, da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. Trata-se do mesmo magistrado que na semana passada negou pedido semelhante impetrado no dia 5 deste mês.
O ministro não conheceu o primeiro habeas corpus com base no regimento interno do STJ no que diz respeito à Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal (STF). Destacou que era necessária a análise apurada do caso pelo Judiciário mato-grossense no momento da apreciação do mérito do HC.
Com o novo HC protocolado nesta quarta-feira, a defesa contesta outra decisão contrária proferida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que já negou 2 pedidos de habeas corpus ao ex-secretário.
As investigações do Gaeco apontaram que um grupo composto por servidores públicos e empresários se reunia e combinava, mediante pagamento de propina de 5%, fraudes e direcionamentos de 23 obras para reformas e construções de escolas estaduais orçadas em mais de R$ 56 milhões.
O Ministério Público denunciou 24 pessoas pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel e fraudes a licitações. A juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Criminal acatou a denúncia e transformou todos em réus. Permínio foi denunciado como o chefe da quadrilha. Ele está preso no Centro de Custódia da Capital (CCC).


