PUBLICIDADE

Blairo diz que afastamento de Dilma dá condições de sair da crise; Wellington fala em reformas

PUBLICIDADE

Blairo Maggi (PP) foi último senador mato-grossense a discursar, esta madrugada, na sessão de mais de 20 horas, na qual foi aprovado por 55 votos a 22, a admissibilidade do processo  impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que agora fica afastada por até 180 dias. Votando favorável, ele destacou que  “para mim é claro, o que estamos fazendo hoje é criando as condições para começar, tentar sair de onde nos encontramos, pela irresponsabilidade do governo que estamos nesse momento. É lamentável e é a situação que nos entramos. Não temos outra alternativa se não essa. Portanto meu voto é pela admissibilidade”.

Blairo ainda destacou que a “discussão política ou jurídica desse debate não interessa muito e não pesa muito. Eu defendo e defendi por um longo tempo a possibilidade de um impeachment ou a votação, porque entedia que tínhamos, disse isso nessa tribuna, um cadáver em sepulcro, que não deixava o país andar, pensar, e que a discussão era sobre esse fato. Portanto, pensava que se a Câmara e o governo no momento correto tivessem deixado o processo correr, talvez a presidenta naquele momento, alcance na Câmara, votos suficientes para que esse processo não chegasse aqui. […] E que esse processo pudesse ter sido enterrado lá e com essa quantidade de votos, ela pudesse reorganizar o governo politicamente e economicamente. Disse aqui, que se isso acontecesse nós, que estávamos na oposição e criticávamos o governo, deveríamos recolher as nossas armas, dar um tempo e ajudar o governo. Porque ajudar ele é ajudar a sociedade sair da crise”.

O senador  Wellington Fagundes (PR), que votou antes, defendeu a reforma política. Ele, que votou favorável e também é membro da comissão especial do processo, garantiu que o trâmite vai seguir com celeridade. “Assim como votei voltei na comissão especial semana passada, pela aprovação do relatório , voto agora pela admissibilidade do processo […] Tenho certeza que por esses dias, após admissibilidade haveremos na comissão especial estar analisando processo com toda cautela, principalmente sobre o rito processual, obedecendo a Constituição Brasileira”.

Ele ainda lembrou que este é “o segundo processo de impeachment que participo. Vi o país enfrentar crises políticas e econômicas, mas nunca as duas ao mesmo tempo como acontece agora. Por isso, por si só, já se torna situação atual especialmente grave e preocupante. O Brasil precisa reforma política, com a qual nós todos comprometemos nas últimas eleições. Ela, sem dúvida nenhuma, é a mãe de todas as reformas e dela virão o devido apoio popular para as reformas tributárias, previdenciária, trabalhista e ainda um novo pacto federativo”.

O senador José Medeiros (PSD) foi o primeiro mato-grossense a discursar, ainda ontem de manhã. Ele, que votou favorável, destacou todos os pontos de irregularidades cometidos pela presidente Dilma) e que foram a base para o pedido de impeachment. Também ressaltou que este processo nem leva em questão os recentes escândalos de corrupção no governo, como o caso da Petrobras, e sim apenas as chamadas “pedaladas fiscais”.

Medeiros lembrou que a base do governo vem afirmando que o processo de impedimento é tratado como golpe. Porém, segundo ele, tudo não passaria de uma artimanha para tentar desmobilizar as irregularidades cometidas pela gestão Dilma como o fato de gastar mais do que poderia, praticar gastos sem a aprovação do Congresso Nacional e também utilizar bancos públicos para pagar por programas.

Na nova etapa, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, passa a ser o presidente do processo, sendo também a última instância de recursos na Comissão Processante. “O processo volta para a comissão, sendo que a instância máxima será o presidente do STF. Se houver alguma questão de ordem que eu indeferir, o recurso será apresentado a ele. Ele passa a ser o presidente do julgamento do impeachment”, explicou o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o comando do Executivo até o encerramento do processo. A comissão pode interrogar a presidenta, que pode não comparecer ou não responder às perguntas formuladas. 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

MP constata precariedade no saneamento em escolas de 20 municípios de Mato Grosso

Uma realidade alarmante foi constatada nas fiscalizações realizadas pelo...

Últimos vagões do VLT são transferidos de Mato Grosso

A secretaria de Infraestrutura e Logística informou que os...

Jucemat repudia mudanças da Receita Federal na abertura de CNPJ; ‘retrocesso’

O plenário da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat)...
PUBLICIDADE