PUBLICIDADE

Ex-secretário Eder Moraes consegue habeas corpus no STF e deixará a cadeia em Cuiabá

PUBLICIDADE

O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liberdade ao ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, que está preso no Centro de Custódia de Cuiabá desde o dia 4 de dezembro do ano passado. A decisão é do ministro Dias Toffoli, relator do habeas corpus assinado pelos advogados Fabian Feguri e Ricardo Spinelli. Os defensores afirmam que a prisão, sob acusação de violação da tornozeleira eletrônica, cumprida na 10ª fase da Operação Ararath, foi ilegal.

Com isso, Moraes deve deixar a unidade prisional, amanhã, mas voltará a usar tornozeleira eletrônica. A prisão foi determinada pelo juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, sob argumento de que Eder Moraes violou a tornozeleira eletrônica por 92 vezes em um período de 60 dias.

"Concedo, porém, de ofício, ordem de habeas corpus para anular a decisão que decretou a custódia preventiva do paciente, restabelecendo as medidas cautelares diversas da prisão que lhe haviam sido impostas, sem prejuízo de que, respeitado o contraditório prévio (art. 282, § 3º, CPP), o juízo de primeiro grau reexamine a matéria", diz o despacho de Toffoli proferido na tarde desta segunda-feira (9).

A defesa de Eder já tinha sustentado que não houve desligamento proposital do equipamento, mas sim um problema técnico que foi informado para a Central de Monitoramento da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Dessa forma, acionou o Supremo para cassar a decisão de Jeferson Schneider.

À ocasião, o advogado Ricardo Spinelli garantiu ainda que comprovou nos autos que o próprio Eder Moraes ligou relatando o problema, mas segundo ele, o juiz Jeferson Schneider ignorou a informação. Spinelli afirmou que o juiz ao invés de informar a defesa e pedir esclarecimentos “como deveria fazer”, optou por decretar a prisão do ex-secretário “de forma arbitrária”.

Dessa forma, o ministro Dias Toffoli, antes de apreciar o pedido de liminar no habeas corpus, deu prazo para o juiz federal de Mato Grosso se manifestar e dizer se comunicou ou não a defesa de Eder sobre os desligamentos da tornozeleira eletrônica antes de decretar a prisão preventiva do ex-secretário.

Agora, Toffoli concluiu que a prisão foi ilegal e concedeu liberdade a Eder. “Ele soltou por falta do contraditório. Isso comprova que não foi observado o direito ao contraditório como já tínhamos afirmado”, enfatiza Ricardo Spinelli.

Eder Moraes é apontado como o mentor e operador político do esquema que, segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), movimentou ilegalmente cerca de R$ 500 milhões em Mato Grosso nos últimos anos, desde a época em que Blairo Maggi era o governador do Estado. Ele já foi condenado a 69 anos e 3 meses de prisão na 1ª ação penal fruto da Ararath e continua sendo processado em pelo menos mais 8 ações penais.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Vídeo: UFMT deve concluir este ano reformas em blocos do câmpus de Sinop

A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),...

Prefeito prevê que duplicação da BR-163 de Lucas a Mutum fique pronta até o final do ano

O prefeito Miguel Vaz (Republicanos) disse, em entrevista na...

Lucas do Rio Verde atinge 67,8 km de ciclovias e é líder em MT

Levantamento divulgado hoje pela prefeitura apontou que Lucas do...

Sinop: câmara votará projeto de domicílio tributário eletrônico

Os vereadores começam a apreciar, nesta segunda-feira, o projeto...
PUBLICIDADE