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PF investiga se ex-prefeito teve benefício financeiro com fraudes em fundo de previdência

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O delegado da Polícia Federal de Barra do Garças, Divino Alves Caetano Neto, afirmou que a investigação sobre o desvio de R$ 6 milhões do Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores de Barra do Garças (Barra Previ), alvo da operação Ultimatum, se concentrará em apurar se o ex-prefeito do município, Wanderley Farias, teve algum tipo de benefício financeiro. “Queremos saber se o gestor teve benefício financeiro, se sim, de quanto teve”, disse, em entrevista coletiva.

Um dos mandados de busca e apreensão ocorreu na residência do ex-gestor. Segundo o delegado da PF, foram apreendidos documentos, mídias, celulares e aparelhos de informática (como computadores). Neto afirmou ainda que a investigação ainda não terminou, já que os policiais ainda vão analisar os objetos apreendidos, esta manhã.

O ex-prefeito também foi alvo de um mandado de condução coercitiva, quando a pessoa é levada pelos policiais para prestar depoimento e depois liberada. No entanto, o teor do depoimento de Farias não foi informado.

Segundo o delegado, além do ex-prefeito, são investigados também o ex-procurador jurídico e a ex-tesoureira da prefeitura. Os nomes destes suspeitos não foram revelados (a PF tem a política de não repassar os nomes dos investigados).

Neto disse ainda que os investigados podem responder pelos crimes de falsidade ideológica e gestão fraudulenta, este último crime com pena de 3 a 8 anos de prisão. Após o trabalho policial, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público Federal que ficará responsável por denunciar ou não. Em seguida, caberá ao juiz estipular a pena.

Segundo informações da assessoria da PF, a fraude no Fundo de Previdência foi realizada um mês antes do término do mandato do ex-gestor municipal, sem as formalidades legalmente impostas. A Polícia Federal informou que o valor desviado foi aplicando em um fundo de investimento notoriamente deficitário, o ADINVEST, conforme publicação do Banco Central e da Comissão de Valores Imobiliários (CVM).

Os mesmos não possuíam a legitimidade para a aplicação dos valores, mas sim, o secretário de Administração. Não foram realizadas as consultas necessárias ao Comitê de Investimento e Conselhos de Administração Fiscal e a respectiva Autorização de Aplicação e Resgate também não foi assinada, consoante determina a lei complementar municipal que rege a matéria.

No intuito de dissimular/ocultar a fraude, os agentes públicos ainda fizeram o valor desviado transitar por diferentes contas bancárias até a definitiva aplicação ruinosa, fazendo declarações falsas no último balancete que produziram antes do término do mandato, afirmando que o valor (R$ 6 milhões) se encontrava nas contas do Barra Previ.

Farias foi prefeito do município por três mandados.

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