A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso adiou, agora pouco, o julgamento de outro habeas corpus do ex-governador Silval Barbosa, em decorrência do mandado na Operação Seven. Ele está preso desde setembro do ano passado em Cuiabá.O relator, desembargador Luiz Ferreira da Silva, votou pela liberdade do ex-gestor. Já os desembargadores Gilberto Giraldelli (foto) e Juvenal Pereira da Silva pediram vistas.
Na operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), as investigações apontam que ele teria atuado para o desvio de R$ 7 milhões das contas do Intermat no final de 2014, para compra fraudulenta de uma propriedade rural na região do Manso.
A principal linha da defesa de Silval, foi a revogação do mandado de prisão dele na Operação Sodoma, ontem, o que tornaria também ilegal a manutenção do emitido para Operação Seven. Foi frisado ainda que Silval “apenas” teria assinado o decreto para desapropriação da área apontada nas investigações.
Simultaneamente na Segunda Câmara Criminal do Tribunal, também foi negado os pedido habeas corpus em favor do ex-governador Silval , o ex-secretário de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, e o ex-secretário de Fazenda, Marcel Cursi, em mandados dentro na operação Sodoma. Os desembargadores Alberto Ferreira de Souza e Rondon Bassil Dower Filho votaram pelas manutenções das segregações. Já o desembargador Pedro Sakamato se posicionou a favor da liberdade dos réus, que o apontou prejudicado com a decisão do STF.
As defesas argumentaram o constrangimento ilegal dos prazos de prisões. Na Sodoma, os 3 são acusados de integrarem um esquema de concessão de benefícios do Prodeic a uma empresa a partir do pagamento de propina. O esquema teria arrecadado cerca de R$ 2,6 milhões de um empresário, que acabou delatando o esquema.
(Atualizada às 16h50)
