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Polícia Federal suspeita que Eder Moraes utiliza “laranjas” para ocultar dinheiro

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Para ocultar o seu patrimônio e dificultar o bloqueio de bens, o ex-secretário de Fazenda, Eder de Moraes Dias, utiliza os serviços de pelos menos três pessoas, uma delas seu cunhado. É o que aponta relatório da Polícia Federal, produzido durante a 9ª fase da Ope-ração Ararath, que conta com a interceptação de diversos diálogos de Renner Almeida Costa, irmão da esposa de Eder, Laura Tereza da Costa Dias, e do policial militar Rinaldo Paelo Camarão. As suspeitas de que pessoas próximas ao ex-secretário estariam ajudando-o a ocultar o dinheiro obtido em tese de forma ilegal foram reforçadas após terem sido encontrados nas contas do ex-secretário e da esposa dele apenas R$ 2 mil dos mais de R$ 16 milhões que deveriam ser bloqueados.

Camarão entrou no ‘radar’ dos agentes após relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar que ele sacou mais de R$ 100 mil de uma conta utilizada por Eder. “Tal informação demonstra que o Policial Militar costuma transitar com altas quantias em espécie pertencentes a Eder, devendo conhecer o verdadeiro destinatário e/ou destinação dada ao montante, uma vez que estes valores não transitam nas contas bancárias mantidas por Eder e Laura em instituições financeiras oficiais”, narra trecho do documento.

Após o início da interceptação telefônica, os agentes afirmaram que Camarão, “mais que um segurança da família, é interlocutor e correspondente de diversas tratativas, demonstrando ter pleno conhecimento dos negócios da família”. Enquanto Eder esteve preso pela segunda vez, o policial teria visitado o ex-secretário em diversas oportunidades e, em conversas com Renner tratava Eder e Laura como “patrões”.

Ao perceberem que Renner, que é sócio de Laura em duas empresas investigadas pela Operação Ararath, também teria algum tipo de participação, o telefone dele acabou interceptado. “No período em que Eder esteve preso, Renner ia ao presídio com frequência praticamente diária para obter orientações e resolver assuntos dos mais diversos. Além disso, mantinha contato constante com Camarão”.

Além da movimentação financeira, a PF encontrou indícios de fraude relacionadas à compra de um imóvel, onde Eder mora com sua família. “A análise dos registros públicos de aquisição do, terreno e documentos de construção da casa nele edificada demonstram a realização de diversas simulações de venda, sempre com o intuito de afastar o bem do seu real proprietário”.

O advogado de Eder, Ricardo Spinelli, foi procurado, mas afirmou que não comentaria o caso por conta do sigilo do processo. 

Eder está preso em Cuiabá desde o dia 4 do mês passado quando foi deflagrada a 10ª fase da operação Ararath que investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro através de bancos piratas de propriedade do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, delator do esquema.

As investigações do Ministério Público Federal (MPF) em conjunto com a Polícia Federal apontam que foram movimentados pelo menos R$ 500 milhões nos últimos anos. Já condenado a 69 anos e tr6es meses de prisão em regime fechado na 1ª ação penal oriunda da Ararath, Eder Moraes voltou a ser preso sob acusação de ter violado a tornozeleira eletrônica por 92 vezes em um prazo de dois meses. 

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