O prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) disse, neste domingo, que a operação feita, na quinta-feira passada, pela Polícia Federal, em sua casa e no seu gabinete na prefeitura, vai "elucidar e esclarecer este espisódio" da acusação feita pelo ex-governador Silval Barbosa que ele recebeu R$ 600 mil de propina, divididos em 12 parcelas de R$ 50 mil, para dar apoio político e não investigar o governo. "Eu não cometi nenhum ilítico. Vou falar do assunto (na justiça) mais pormenorizado e mostrar provas fortes e contundentes que temos na nossa defesa", declarou o prefeito.
Emanuel disse também que está a "inteira disposicao da justiça, do Ministério Público, Polícia Federal e Supremo Triibunal Federal para que possamos esclarecer isso. Sou o maior interessado", concluiu. Ele é um dos ex-deputados estaduais gravados, no Palácio Paiaguás, recebendo dinheiro do ex-chefe de Gabinete Silvio Correa.
Ele não confirmou o que foi levado de sua residência durante a operação Malebolge, que é a 12ª fase da operação Ararath. Mas, no dia das buscas, a PF apreendeu dois computadores e um celular. Não foi detalhado o que acabou sendo levado do gabinete na prefeitura. Também houve buscas e apreensões em mais 64 endereços – gabinetes de deputados estaduais, do deputado federal Ezequiel Fonseça, do ministro Blairo Maggi, do senador Cidinho, do secretário estadual de Desenvolvimento, Carlos Avalone, da prefeita de Juara, Luciane Bezerra e nos apartamentos de deputados estaduais.
O ministro Luiz Fux, do STF, que autorizou as buscas negou pedido da procuradoria para afastar o prefeito do cargo.