Uma comissão de representantes das entidades e autoridades políticas deve ser formada para fomentar a retomada do projeto de construção do aeroporto de Colíder. De acordo com o prefeito Noboru Tomiyoshi (PSD), uma área de mais de 70 alqueires foi adquirida pelo município. Além disso, a unidade aeroportuária já foi aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em 2011. O local deveria receber investimentos de pelo menos R$ 6 milhões liberados pelo Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa).
“Na época, era secretário de Obras [na gestão do ex-prefeito Celso Banazeski]. Existia toda uma normatização para construir um aeroporto. Era necessários ter um limite de distância de frigoríficos, curtumes e aterros sanitários. Nós buscamos uma área para atender essas exigências. Em Colíder, as áreas são bastante irregulares. O relevo é diferente de Sinop, por exemplo. Encontramos e compramos uma de 70 alqueires. Foi feito todo um projeto para viabilizar a instalação do aeroporto. Porém, o recurso que viria para Colíder foi retirado pelo então governador Silval Barbosa (PMDB) e destinado para cidade de Matupá. Além disso, não houve uma cobrança das gestões anteriores para que isso não ocorresse. Não foi feito um trabalho político para conseguir resgatar isso”, explicou Tomiyoshi, ao Só Notícias.
Segundo o gestor municipal, Colíder necessita de um aeroporto já que é considerada uma cidade polo do Nortão. “A implantação do aeroporto atrairá investidores. É necessário ter apoio da classe empresarial. Um gestor não trabalha sozinho. Atualmente nós temos um aeródromo, mas que está cercado por frigoríficos e outras industrias. Devido a isso, precisaremos retomar esse projeto. Ficará inviável o pouso de pequenas aeronaves neste local. Nós temos que começar do básico para poder avançar em um projeto mais grandioso. Queremos retomar esse projeto o mais rápido possível”.
Noboru Tomiyoshi disse ainda que Colíder perdeu espaço para outra cidades devido a falta de um aeroporto. “Nós sabemos que perdemos espaço. Saiu aeroporto de Sorriso. Sinop tem se fortalecido e tem uma unidade em Alta Floresta. Sabemos que os investidores não vem de carro. A primeira coisa que é analisado por um empresário de médio ou grande porte é a logística para chegar ao município. É a primeira analise que um empresário faz. Perdemos muito com isso”.
Na gestão de Silval Barbosa foi assinado um convênio de outorga com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República para habilitar o aeroporto de Colíder e 12 unidades regionais, que deveriam receberem recursos para modernização e ampliação de suas estruturas físicas. Em Colíder, os trabalhos no aeroporto seriam iniciados com a pavimentação da pista, que era para ter 1,6 mil metros aptos a receber aviões de médio e grande porte. Além disso, teria instalação do hangar de passageiros e iluminação. Porém, nada disso ocorreu nós últimos cinco anos.