Depois do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), o ex-vereador de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), é outro político mato-grossense que teve o nome delatado por executivos da construtora Odebrecht na operação Lava Jato e figurou na lista enviada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.
Em meio aos 201 pedidos de investigação somente de pessoas sem foro privilegiado, ou seja, sem o direito de serem processados no STF, a petição 6.692 que tem Lúdio Cabral como alvo de inquérito, foi encaminhada por Fachin ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, na terça-feira (11).
Após a remessa do ministro Edson Fachin ao TRF, caberá a esta instância decidir se instaura os processos ou não.
Na mesma petição, também aparecem os nomes de Edson Antônio Edinho da Silva (PT), que disputou a Prefeitura de Araraquara (SP) em 2016, e Mariton Benedito de Holanda, o Padre Ton (PT), que disputou o Governo de Rondônia em 2014.
Outro lado
O advogado de Lúdio, José do Patrocínio, disse que tomou conhecimento da citação de seu cliente, esta manhã, através da imprensa, e que ainda não foi notificado e nem teve acesso ao conteúdo do inquérito. Ele ainda afirmou que não conversou com o petista sobre o assunto. “Ainda é uma interrogação. Na hora que disponibilizarem o conteúdo, a gente vai poder se manifestar”.
Em fevereiro, Lúdio Cabral também foi envolvido na quinta fase Operação Sodoma e chegou a ser conduzido coercitivamente para prestar depoimento na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).