A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT) já informou que vai instaurar processo investigativo para apurar a conduta ética do advogado Francisco Faid (PMDB). Ele foi preso por policiais da Delegacia Fazendária (Defaz) na quinta etapa da operação Sodoma, esta manhã.
Faiad é ex-presidente da OAB-MT e compõe assessoria jurídica do ex-governador Silval Barbosa, também do PMDB, preso na primeira fase da Sodoma em outubro de 2015. "Tão logo acomode essa situação e a operação evolua, já vamos fazer por ofício pedido à delegada que nos forneça cópia do inquérito e instauraremos procedimento no tribunal de ética para apurar a conduta ética do advogado", afirmou o atual presidente, Leonardo Campos.
Na Defaz, Campos disse à imprensa que está acompanhando a deflagração esta etapa da operação desde o início da manhã. "Tão logo a Polícia Civil chegou à residência do ex-presidente Faiad, fomos acionados e antes de começarem as buscas eu e o presidente do tribunal de defesa das prerrogativas nos fizemos presentes. A Ordem está aqui, porque a lei diz e é uma das prerrogativas dos advogados que havendo busca e apreensão ou detenção de um advogado isso deve ser acompanhado por representante da Ordem".
Sobre a acusação feita contra Faid, ele respondeu que "a defesa de mérito, a contraposição às acusações ou ao decreto de prisão cada qual defenderá através de seu advogado, no devido processo legal".
Campos ressaltou ainda que "a Ordem atua na defesa do advogado e obviamente que havendo indícios da prática de uma infração ética nós também instauramos processo no tribunal de ética".
Ele afirmou que será nomeado relator do processo ético e Faiad terá direito à ampla defesa. "Não gostaríamos de ter advogados envolvidos em nenhuma operação, mas pela história do ex-presidente Francisco Faid, pelos serviços prestados que ele tem à categoria e à sociedade nós confiamos que os fatos serão todos esclarecidos e que ele possa provar a sua inocência. Em havendo crime, que ele responda, a exemplo de todo cidadão brasileiro, nos rigores da lei".