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VLT e a ilha da banana

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Existe um triângulo com seus três pontos,  ligando a Av. Coronel Escolástico, o Alto do Rosário e o Palácio das Águias na prainha, e na ponta do triangulo tinha o “buracão”, e para todos os antigos moradores do bairro areão, conheciam aquela região como “buracão” e nunca se falou em “ilha de banana”.
     
Porque buracão?
Todos os antigos moradores do “areão”, composto pelas Ruas São Benedito, São Francisco e Av. Coronel Escolástico, sempre ouviam seus ancestrais a contar a “Lenda da Alavanca de Ouro”, e que constituía em relatos que aumentavam  de pessoa à pessoa qu  contavam essa lenda, e que em resumo também passo a contar:        Em Cuiabá, se achava ouro por toda “parte”, bastava fazer um buraco, logo encontra ouro, e os primeiros moradores construía as suas casas em cima da descoberta, por isso, as ruas eram tortas e os alinhamentos das casas também eram irregulares.

Contam às estórias que um negro escravo olhando  lá do Alto do Rosário, mirando em direção ao local que hoje a Av. Coronel Escolástico, meia noite e na escuridão da antiga Cuiabá, avistou um brilho de doer os olhos, e apareceu um objeto reluzente em forma de uma “Alavanca de Ouro” saindo do buracão, e logo pela manhã todos os moradores do areão, já disparavam as suas versões: uns diziam que ali morava a “mãe da terra” ou a “mãe do ouro”.

E pela lei da época, o negro escravo teria que contar ao seu dono a descoberta, para que este pudesse tomar posse da riqueza do “achado”, e dia após dia, o feitor de chibata nas mãos, fazia os escravos “cavucar” em busca da “Alavanca de Ouro”, até formar um enorme buracão, e este ao desbarrancar, engoliu a todos.

E,  todos os moradores passaram a evitavam caminhar por ali, pois ouviam-se clamor tristes vindo dos escravos que sumiram do buracão, diziam que o local ficou “mal assombrado” pois todas as noites ouviam-se urros, gemidos e gritos vindo do fundo do buracão, e o local ficou com a denominação de “Buracão do Alto do Rosário”.

Agora, dizer que ali tem a denominação de “Ilha da banana”, é desrespeitar a história de Cuiabá, são coisas daqueles que chegaram “três antonte” e que pensam que Cuiabá começou com sua chegada.

Como chamar “Ilha da Banana” se ali nunca houve plantação alguma, o que “nóis cuiabanos dos pés rachados” sabemos muito bem,  que:  ali tem sim,  a “Maldição da Mãe do Ouro”, e,  é que bom ter  cuidado ao mexer com aquilo que não se conhece, pois pode chegar ao desconhecido e as descobertas poderão ser muito estranhas os projetos “utópicos”.

Todos nós cuiabanos, estamos na maior expectativa para que ali, no “Triangulo do Buracão” seja, construída a mais bela estação do VLT do Brasil, e que Cuiabá se modernize, mas que preserve a nossa história.

Pedimos de coração aos gestores que tem o poder e os recursos para suas decisões,  “Seo Zé Pedro e Seo Wirso”,  que desenvolvam um projeto grandioso, para que ali sejam realizadas as Missas Festivas e os Megas/Show das festas de São Benedito, ainda pode ser criado no espaço, a construção de Teatro de Arena ao ar livre ou abrindo espaço para Feiras Artesanais  e  Oficinas Culturais.

Que o Triangulo do Buracão, onde morava a Mãe do Ouro, onde o Negro Escravo viu a Alavanca de Ouro, poderia edificar um grande monumento para perpetuar o Escravo e a Alavanca, e que seja uma área de reuniões religiosas e manifestações culturais, e  que todos nós cuiabanos possamos ter orgulho desse local, pois esse espaço, verdadeiramente, sempre fará parte da história de Cuiabá.  

Wilson Carlos Fuáh – economista, especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas em Mato Grosso
[email protected]         

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