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Planejamento financeiro familiar: como escapar das emoções ?

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Um Planejamento Financeiro familiar eficiente inicia-se pelo estabelecimento dos objetivos e desejos alcançáveis e os motivos que se têm a fim de criar um plano de ação para alcançá-lo. Se percebeu alguma semelhança com a empresa que trabalha, não é mera coincidência.

Afinal, você em sua empresa deve seguir um orçamento – às vezes até ditatorial – de controle de gastos visando alcançar resultados. E por que você não faz isso em sua casa?

Primeiro, emocionalmente sob o guarda-chuva de qualquer assunto relacionado a finanças, imediatamente pensamos: “Lá vem um cara chato falar para eu cortar meus gastos, mas se hoje eu não estou feliz consumindo o que consumo, imagina se eu diminuir? ”.

Se você está pensando assim, não se apavore, 95% das decisões de consumo, conforme Gerald Zaltman, professor da Universidade de Harvard, são realizadas no inconsciente, ou seja, você tem que se preocupar não com suas finanças e sim com seu modo de pensar sobre o dinheiro e o que ele te serve.

Você é uma pessoa impulsiva quando o assunto são compras? O que te atrai? Não adianta tentar se esconder, hoje em dia as marcas vão até onde você está e vão ‘quase à força’ fazer você consumir os produtos dela.

Mas o que isso tem a ver com o processo de planejamento financeiro familiar?

Afinal, somos pessoas e tomamos decisões racionais todos os dias, a fim de manter nosso ambiente familiar protegido. Até aí tudo bem, certo?

Agora, será que tais decisões, são todas racionais? O professor Daniel Kahneman, prêmio Nobel de economia em 2002, ganhou renomado prêmio justamente por levar luz ao conhecimento sobre o processo de tomada de decisão quando afirma em sua pesquisa que a intuição, a emoção e os sentimentos se sobressaem à razão.

Você pode estar pensando: que tarefa difícil esta questão de planejamento financeiro. É exatamente assim, afinal o planejamento financeiro sozinho, único e exclusivo, não vai te ajudar muito. Agora, junto com algumas ferramentas, pode ser um instrumento poderoso de alcance de seus objetivos.

O primeiro passo do Planejamento Financeiro Familiar é deixar muito claro quais são os objetivos familiares, seja com fotos em mural, caderno de anotações, planilhas. Mas estabeleça objetivos críveis, em que se possa mensurar um momento para que o alcance de acordo com sua capacidade e disposição.

Depois, crie um plano de ação de carreira ou de vida onde possa ter a remuneração e a qualidade de vida adequada aos desejos elencados. Faça orçamentos fáceis de se avaliar e seja pessimista na hora de colocar os gastos no papel, adicionando sempre 10% a mais do que se consome.

Avalie os gastos executados com o que tinha planejado antes e verifique o que bateu. O que não bateu, reveja, planeje novamente e acompanhe a execução.

Nos investimentos, verifique se as aplicações estão se fortalecendo e se sobra dinheiro no fim do mês. A meta é alcançar 10x seu gasto mensal para obter um índice de cobertura confortável para necessidades desconhecidas.

Independentemente da sua idade, lembre-se das regras do famoso investidor Warren Buffet (hoje quarto homem mais rico do mundo), quando o assunto é construir, rentabilizar ou preservar patrimônio: Regra nº 1: nunca perca dinheiro e Regra nº 2: não se esqueça da regra nº 1.

Eduque-se financeiramente. Afinal, quantos de nós tivemos algum modelo de educação financeira na escola para saber como melhorar a rentabilidade de sua carteira de investimentos, seja em imóveis, renda fixa ou quaisquer outros?

Enfim, se você tem disposição e força de vontade, o planejamento financeiro é para você, pois somente com muita disciplina, objetivos claros e um motivo bem estabelecido é que se poderá alcançar sonhos, metas, desejos de consumo, filhos educados, viagens pelo mundo, despreocupação com a política e a economia, ou seja, a qualidade de vida no seu grau máximo.

E lembre-se tudo que foi realizado neste mundo, desde as coisas mais simples às mais incríveis começaram pelo primeiro passo!!
 
José Leão Portela é Certified Financial Planner (CFP), MBA em Gestão de Investimentos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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