sexta-feira, 29/março/2024
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Os paradigmas da política pantaneira

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Virou modismo, nos meios políticos falar com imponência: “vou quebrar os paradigmas”, como se palavras em si tivessem poderes mágicos, ou como se quem as pronunciasse fosse o inventor de novos tempos. A palavra paradigma significa a cultura geral vigente de um povo, ou seja, um conjunto de pessoas que vivem e veem fatos, fenômenos e crenças. E para quebrar um paradigma é preciso mudar a rotina cultural de uma sociedade, ou fazer com que este conjunto geral de pessoas acredite em novos fenômenos, ou mudança de crenças. 
               
Em política, quando um postulante a governar um município ou um Estado diz que irá “quebrar paradigmas”, em outras palavras está dizendo que transformará o modo de governar. Veja que em Mato Grosso a elite política que governava o Estado foi substituída por uma elite empresarial do agronegócio. E por oito anos o Estado passou a ser governado pela elite empresarial. Findado esse período, o comando do Poder Executivo voltou às mãos de um novo grupo essencialmente político. Como se vê, findou-se um paradigma na política e iniciou-se outro. 
              
Como se vê, não houve quebra de paradigma diretamente para o povo, pois não houve uma transformação com a simples mudança do poder. Não houve uma mudança da rotina cultural da sociedade mato-grossense. O comportamento de atos e fatos exercido pelo governo/empresário/político/empresário não fez com que o conjunto de pessoas do estado de Mato Grosso pudesse viver diferentemente. Os fenômenos novos se transformaram em somas de erros e desmandos administrativos, gerando escândalos. 
               
Agora o estado está sendo comandado e administrado por alguém que veio do meio combatente aos desmandos e que lutou a vida toda contra os desvios de recursos públicos, e sabe como ninguém que: 
1 – a falta de idoneidade do comando torna os comandados pervertidos; 
2 – a falta de honestidade daquele que deve dar exemplo faz com que parte do conjunto da máquina administrativa seja contaminada pela falta de dignidade dos superiores. 
               
Quantos homens ditos líderes e com o poder de governar tiveram em suas mãos as melhores condições de promover uma vida mais digna para o povo, implantando a isonomia em forma de benefícios ao conjunto da sociedade, mas ao assumir o poder só pensaram em arrebanhar para si e seu grupo, esquecendo que ao serem eleitos estavam no comando de um poder para aumentar a satisfação de toda a sociedade? E que nunca esquecer que está governo por prazo definido, sendo apenas um administrador do dinheiro público para promover o desenvolvimento do Estado e também diminuir a miséria social, e não apenas para governar para alguns segmentos? 
                  
Muitos governantes ao assumirem o poder mudam os rumos das suas ações embarcando na força da vaidade, pois no auge da sua popularidade explodem de orgulho e modificam o padrão das suas reações, e passam a olhar o mundo de cabeça para baixo e se colocando, inconscientemente, acima do povo, pensando que tudo pode como se fosse um Super-Homem. 
                       
O grande erro dos governantes que passaram pelo Paiaguás foi pensar que ao repetir seguidamente, dia e noite, as propagandas mentirosas dos seus “falsos atos” estariam alcançando a satisfação do povo, como se o povo fosse apenas um elemento virtual, como se as pessoas fossem escravas do poder repetitivo das mídias, quando na realidade, simplesmente, estavam sendo apenas potenciais mentirosos, tanto para si como para os outros. 
                   
A máquina pública é enorme e todas as ações não estão nas mãos do governador em sua instantaneidade, por isso deve desconfiar até da sua própria sombra, pois pode tropeçar nela e cair. Deve desconfiar sempre, até encontrar os assessores que tenham a sua decência de não transgredir nunca e que demande em suas ações os princípios de: o amor ao próximo; que saiba transformar seu tempo em grandes momentos para todos; que a sua sabedoria esteja a serviço do povo; que em sua misericórdia tenha dó dos que necessitam dos serviços públicos e que os têm como o último recurso; que a sua dedicação seja exclusiva para a toda a comunidade que acreditou e não acreditou no seu programa de governo.

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