quarta-feira, 24/abril/2024
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Dia da Mulher, dia de reflexão

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Em homenagem ao dia das mulheres escrevo um artigo que propõe reflexão sobre esse dia tão especial. Ao longo da minha trajetória política, tenho constatado de maneira crescente a força, a perseverança, a garra da mulher, sempre movidas pela vontade de construir um país melhor e socialmente mais justo. Para que haja sempre esse processo evolutivo na sociedade temos que elevar o debate cada vez mais.

Nesta data comemorada no dia 8 de março se deve às operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, nos Estados Unidos, que realizaram em 1857 um grande movimento grevista que entrou para história mundial. Elas ocuparam a fábrica têxtil e exigiram melhores condições de trabalho.

As trabalhadoras foram às ruas para reduzir a carga de trabalho de dezesseis para dez horas diárias, pedir a equiparação de salários com os homens – as mulheres recebiam até um terço do salário de um homem para o mesmo tipo de trabalho – e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi duramente reprimida. No total 130 mulheres morreram carbonizadas.

Infelizmente, a data não serve apenas para comemorar. O momento é oportuno para discutir o papel da mulher na sociedade contemporânea. Todo esforço é válido para acabar de vez com o preconceito e a desvalorização do trabalho feminino. Mesmo com avanços, as mulheres ainda são vítimas de salários diferenciados, agressões, entre outros tipos de represálias.

No Brasil estamos avançando aos poucos no campo legal e na diminuição do preconceito. O primeiro passo foi dado em 24 de fevereiro de 1932. Nesta data – um marco na história da mulher brasileira – foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistaram, depois de muitos anos, o direito de votar e serem eleitas para cargos no Executivo e Legislativo.

Outra legislação relevante é a Lei Maria da Penha, que reprimem atentados e agressores contra mulheres. A edição da Lei, em 2006, simboliza uma das mais importantes conquistas das mulheres em nosso país. No entanto, fazer com que a lei atinja um universo maior de ocorrências é dever de todos nós, já que a violência ainda está presente em diversos lares.

Precisamos aprofundar o debate em torno do tema e ampliar os direitos femininos. Hoje o preconceito existe e, por ser velado, representa uma ameaça silenciosa e permanente. Devemos continuar a luta pela ampliação dos espaços políticos, seja nos partidos ou nos parlamentos, e cobrar do poder público, em todos os níveis e instâncias, medidas efetivas para acabar com a discriminação, o preconceito e, de uma vez por todas, com a violência contra a mulher. A cada uma das mato-grossenses, o mais respeitoso e afetuoso abraço.

Emanuel Pinheiro é deputado estadual pelo Partido da República

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