sábado, 20/abril/2024
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Nortão: Ibama autua pescadores ilegais e apreende barcos de pousada

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Com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal, o Ibama autuou oito pescadores pegos em flagrante em área proibida. Segundo o órgão, eles terão que pagar multa de R$ 1 mil cada um e serão denunciados ao Ministério Público Federal por crime ambiental. Os agentes ambientais federais apreenderam 11 barcos, 11 motores e embargou uma pousada, cuja autuação prevê multa de R$ 450 mil. As apreensões fazem parte da Operação Txokrãn, alusão à fruta da região, berço da etnia Juruna, que busca coibir a caça e a pesca ilegal dentro da terra indígena Kapoto-Jarinã, no extremo norte de Mato Grosso.

Desde 2009, quando recebeu da Funai e das comunidades indígenas as primeiras denúncias de caça e pesca ilegal no local, o Ibama fez missões de reconhecimento na região, a partir de então, a operação passou a fazer parte do Programa Nacional Anual de Proteção Ambiental (PNAPA).

As pousadas situadas ao lado da terra indígena vendem em seus pacotes a possibilidade de o cliente usufruir de todos os benefícios naturais do lugar, o que é ilegal, pois de um lado do rio está a terra indígena e de outro, o Parque Nacional do Xingu, ambos com entrada proibida.

Segundo o superintendente do Ibama em Mato Grosso, Ramiro Martins Costa, é preciso chamar a atenção das autoridades para a necessidade de se melhor regulamentar a exploração comercial do entorno da terra indígena Kapoto-Jarinã. "Vamos gerar um relatório e entregá-lo ao presidente do Ibama, mostrando a importância que essas comunidades tem para a conservação do meio ambiente e a pressão que esse meio vem sofrendo", informou.

Ainda nas palavras de Martins, existe estudo para a criação de uma terra indígena exatamente na região onde estão as pousadas, local em que nasceu o cacique Raoni, lugar histórico das etnias indígenas Juruna e Caiapó. Segundo o representante da Funai na operação, Henrique Klocker de Camargo, os limites devem ser respeitados. A pesca não é uma atividade proibida, mas é necessário que ela seja feita fora das áreas indígenas, pois os índios não fazem pesca esportiva, mas fazem da pesca a sua subsistência.

As operações no rio Xingu, no entorno da terra indígena, acontecerão com regularidade.

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