O vereador Airton Callai (PSD), ex-presidente da câmara de Lucas do Rio Verde, disse que a proposta do deputado Pedro Satélite -informada ontem em Só Notícias- de criar em Guarantã do Norte, um porto seco, já foi apresentada, em Lucas, em 2013. Ele lamentou que sua proposta para beneficiar os caminhoneiros ainda não tenha saído do papel, por falta de vontade política do poder público. Callai lembrou que "a intenção é que todos os caminhoneiros que aguardam carregamento nas empresas de Lucas possam ficar em um único lugar com muito mais conforto", que funcionaria 24 horas, tendo 600 vagas, e tendo distância mínima de 10 km do perímetro urbano. O porto seco seria gerenciado por uma empresa vencedora de licitação.
O deputado Pedro Satélite disse, nesta 3ª, que pretende se reunir com o governador Pedro Taques (PDT) para iniciar as negociações para implantação do empreendimento. “Sabemos que não é de imediato, porém, eu não tenho nenhuma dúvida que a secretaria vai aprovar o estudo e vai ser demonstrada a viabilidade”, apontou. Para Satélite, outras cidades poderiam receber o empreendimento, entretanto, Guarantã se destaca pela localização (divisa com o sul do Pará). “Vai ajudar na exportação pelos portos de Miritituba e Santarém. Com a duplicação da BR-163, que deve sair em breve, a logística vai melhorar muito e temos que nos prevenir para o que vai acontecer daqui dois anos. Este porto será importantíssimo para a classe produtora”, ressaltou.
Porto seco é um terminal intermodal terrestre diretamente ligado por estrada, via férrea ou aérea, e funciona como um depósito alfandegado localizado na zona secundária (fora do porto organizado), geralmente no interior. Pode receber as cargas ainda consolidadas, podendo nacionalizá-las de imediato ou trabalhar como entreposto aduaneiro. Dessa forma, o porto seco armazena a mercadoria do importador pelo período que este desejar, em regime de suspensão de impostos.