Centenas de pessoas acompanharam a sessão ordinária na Câmara de Vereadores, ontem, para protestar contra a polêmica verba indenizatória, de R$ 10 mil, para cada vereador. A lei aprovada, mês passada, dispensa os vereadores de prestarem contas dos gastos. O montante vem sendo pago desde o ano passado, quando passou de R$ 8,5 mil para R$ 10 mil.
O manifesto foi para que vereadores cortem a verba, mas a mesa diretora adiantou que não vai ser extinta. "Vamos continuar com a verba indenizatória. Não é (sic) eles que vão decidir isto, é o Tribunal de Contas que diz o que podemos fazer. Você só recua quando algo está errado e não é o caso. Deram transparecer que estamos criando uma coisa nova e não é", disse o presidente da câmara, Lourisvaldo Oliveira (PMDB), ao Agora MT. Ele admitiu que pode ser feito ajuste para que vereadores façam prestação de contas mas adiantou que será feita consulta ao Tribunal de Contas do Estado.
O protesto contou com diversos representantes de classe. Foi apresentada a 'Carta de Rondonópolis', elaborada pelo Conselho de Leigos, cobrando, principalmente, transparência com gastos.
“Eu resolvi participar do manifesto por que queria ouvir o que os vereadores têm a falar sobre o valor extra repassado mensalmente para eles. Acho errado que uns caras queiram tomar a frente de algo sério para benefício próprio. Isso infelizmente aconteceu”, desabafou, ao Primeira Hora. a universitária Bianca Oliveira Passamentto.
O salário de cada vereador é de R$ 10 mil.