terça-feira, 16/abril/2024
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GAECO faz operação com buscas e apreensões na Assembleia e investiga deputados

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O Grupo de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público e a Delegacia Fazendária (Defaz) deflagraram, há pouco, a operação Berere e cumpriram buscas e apreensões na Assembleia Legislativa, em gabinetes de deputados estaduais. O GAECO confirma que são investigados dois deputados estaduais mas não apontou nomes.

A casa do presidente, deputado Eduardo Botelho (PSB), foi um dos alvos de buscas e apreensões. Um computador e documentos foram levados por policiais. Outro alvo da investigação seria o deputado Mauro Savi.

Uma equipe do GAECO também faz buscas e apreensões em uma casa, na rua Olavo Bilac, no centro de Sorriso, e saiu com caixas onde haveria documentos. Outro mandado foi cumprido em Brasília – em uma empresa. Outro investigado é o ex-deputado federal Pedro Henry, além de servidores públicos, empresas e particulares.

A investigação visa combater fraudes que ocorreram no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), no governo passado (iniciadas em 2009), e tem como base a delação premiada do ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o Doia, firmada há cerca de um ano. O acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Haveria esquema de corrupção na autarquia, nos lacres de placas fornecidos por uma empresa e o repasse de propinas seria de R$ 1 milhão mensais. A empresa cobrava taxa que variava entre R$ 170 a R$ 400 e ficava com 90% do valor arrecadado, repassando apenas 10% aos cofres da autarquia

As ordens judiciais de busca e apreensão expedidas pelo desembargador Jose Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça. A operação Bereré tem força-tarefa com aproximadamente 200 integrantes – policiais, delegados de polícia e promotores de justiça.

De acordo com o Midia News, o esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito, delatado pelo ex-presidente Teodoro Lopes, o “Dóia”, foi confirmado no ano passado pelo empresário Antonio Barbosa, irmão do ex-governador Silval Barbosa. Antonio, como é chamado, apontou em depoimento que dentre os beneficiados pela propina estavam os deputados Mauro Savi e Eduardo Botelho e Pedro Henry. " Assim que aceitei receber os valores, após a reunião com o deputado federal Pedro Henry, recebi no primeiro mês a importância de R$ 100 mil, que se repetiu mais uma vez, no mês seguinte”. "A partir daí os valores passaram a girar em tomo de aproximadamente R$ 80 mil líquidos mensais", declarou anteriormente. Ainda de acordo com o irmão de Silval, a empresa envolvida nos esquemas dos lacres de placas recebia cerca de R$ 24 milhões por ano e que a propina seria o "retorno".

A Assembleia e os investigados ainda não se manifestaram sobre os mandados cumpridos em gabinetes, na operação.

Em instantes mais detalhes

(Atualizada às 10:31h – fotos: Alan Cosme/HiperNoticias  – Só Notícias/Bruno Bortolozo)

 

 

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