O Congresso Nacional manteve, ontem à noite, a decisão da presidente Dilma Rousseff derrubando o projeto que daria autonomia aos Estados de criar novos municípios. A apuração dos votos, nas cédulas de papel, terminou há pouco. Os senadores e deputados votaram os 38 vetos em um pacote só. Foram apuradas 325 cédulas na Câmara dos Deputados e 42 cédulas no Senado Federal, o suficiente para que fosse atingido o quórum (mínimode 257 deputados e 41 senadores).
A decisão sepulta o sonho de moradores em aproximadamente 20 distritos de se tornarem municípios. Parte da bancada mato-grossense não concordou com o veto de Dilma e se manfestou pela derrubada. Mas o Congresso ainda não disponibilizou o resultado final identificando quem votou com o governo e quem se posicionou contrário ao veto.
Estavam considerados em estágio mais avançado para serem elevados a município as seguintes localidades: Salto da Alegria, que é de Paranatinga; Capão Verde, que faz parte de Alto Paraguai; Nova Fronteira, de Tabaporã; Guariba, de Colniza; Nova União, de Cotriguaçu; Santa Clara do Monte Cristo, de Vila Bela; Rio Xingu, de Querência; União do Norte, de Peixoto de Azevedo; Espigão do Leste, de São Félix do Araguaia; Novo Paraíso, de Ribeirão Cascalheira; Paranorte, de Juara; o distrito de Boa Esperança do Norte, que faz divisa com Nova Ubitarã e Sorriso; Cardoso do Oeste, de Porto Esperidião; Santo Antônio da Fontoura, de São José do Xingu; Ouro Branco do Sul, de Itiquira.
A Associação Mato-grossense dos Municípios havia criticado, anteriormente, a decisão de Dilma de vetar o projeto.