A jovem de 19 anos voltou a alegar que foi sequestrada, torturada e mantida em cativeiro durante três dias. A afirmação foi dada, esta manhã, antes dela prestar depoimento na delegacia da Polícia Civil sobre o caso. Ela negou veementemente que tenha pago alguma pessoa para forjar seu sequestro. “Eu estava presa, amarrada e tomei apenas três copos de água durante estes três dias”.
Segundo ela, os supostos sequestradores a mantinham em um quarto e sempre que entravam no cômodo a obrigavam a virar para a parede, mesmo com ela utilizando um saco na cabeça. Ela disse que os suspeitos falavam em gíria e perguntavam se sua família tinha dinheiro para pagar o resgate.
Ela disse que sua família não possuía dinheiro, porém, se eles pedissem possivelmente eles dariam um jeito de conseguir. Ela afirmou que durante este período em que ficou em cativeiro, os suspeitos passavam uma arma em sua boca e em seu corpo. No entanto, ela alega que não foi abusada sexualmente.
A mulher explicou que teve um desentendimento com seu marido e que foi procurá-lo. Ela foi até a casa de um familiar dele, no bairro Fraternidade, na última segunda-feira. Quando retornava em sua Honda Biz vermelha foi interceptada por dois homens em um Toyota Corolla. Eles a obrigaram a entrar no veículo e a partir de então não se lembra mais de nada. A motocicleta dela foi encontrada nas proximidades de um rio, porém, ela disse que não tem conhecimento de como a moto foi parar lá.
A jovem também alegou que o motivo da briga com o marido foi por causa de um outro homem que ela teria conhecido antes de se casar e “ficaram” apenas uma vez. Ela alega que este homem estaria a perseguindo e chegou a invadir a casa dela uma vez, a obrigou a tirar a roupa e ele fez algumas fotos íntimas.
Estas fotos e algumas conversas em uma rede social foram mandadas para o marido, causando o desentendimento. Ela não soube dizer se este outro homem estaria envolvido no suposto sequestro.
Sobre sua soltura, ela disse que foi colocada no interior de um carro e deixada amarrada nas proximidades da BR-163. Ela conseguiu soltar os pés e posteriormente procurou ajuda em um posto da Rota do Oeste.
Em relação ao suspeito preso pela Polícia Militar, ontem, ela alegou que não o conhece. Foi este suspeito quem afirmou que ela teria “armado” o sequestro.
O caso é investigado.