sábado, 20/abril/2024
PUBLICIDADE

Nortão: 7 presos por crimes ambientais; caminhões e máquinas apreendidos

PUBLICIDADE

A Polícia Civil confirmou, agora há pouco, ao Só Notícias, que seis empresários foram presos em Cláudia e um em União do Sul (80 e 130 quilômetros de Sinop respectivamente), hoje, durante a operação “Fluxo Verde” por envolvimento na extração ilegal de madeiras. Também foram apreendidos cinco pás-carregadeiras, dois caminhões, um veículo de passeio, uma espingarda de pressão, entre outros objetos.

Várias madeireiras foram alvos da ação e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que também auxilia na operação, está realizando a análise dos materiais encontrados. De acordo com informações da assessoria da Polícia Civil, em uma empresa foram encontrados mais de três mil metros cúbicos de toras extraídas ilegalmente. Ainda será realizado um levantamento do volume de madeira apreendida.

A operação iniciou às 6h e os investigadores estão percorrendo os dois municípios para dar cumprimento a 13 mandados de prisão temporária e 18 de busca e apreensão. A operação é resultado de investigação da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) iniciada há quatro anos para apurar crimes ambientais cometidos em uma propriedade, de 27 mil hectares em União do Sul. "Estas terras estão sendo dilapidadas, o bioma da região está acabando, tamanha a depredação do meio ambiente", disse a delegada da Dema, Maria Alice Amorim, que preside a investigação.

De acordo com ela, na fazenda alvo do desmatamento clandestino já foram realizadas várias fiscalizações em campo, com incursões na mata, que resultaram em prisões em flagrantes de pessoas contratadas para o corte de árvores e também na apreensão de maquinários, ferramentas de corte, e caminhões carregados com toras  derrubadas. "Essas toras são cortadas, recepcionadas e encomendadas por madeireiros, que colocam pessoas lá dentro".

As investigações da Polícia Civil identificaram que a propriedade está sendo loteada pelas quadrilhas que ali atuam. "Tem frentes de trabalho, com destino certo da madeira. O que precisa ser identificado é a madeireira, que alimenta o fluxo, e existem propriedades que também praticam a retirada da madeira".

Conforme apurou a Polícia Civil, a madeira clandestina já sai documentada da região, devido agilidade da quadrilha, que com uso de notas fiscais frias conseguem "driblar" a fiscalização durante o transporte nas rodovias. "A ideia da  busca cautelar é identificar de onde vem esses documentos. Todo o esquema delituoso vai se esclarecido agora com o cumprimento dessas prisões temporárias e das buscas e apreensão”.

Os envolvidos no esquema de extração ilegal de madeira e legalização do produto podem responder por furto qualificado, receptação, formação de quadrilha, falsificação de documento, e vários outros crimes ambientais. Ao todo, 50 policiais da Delegacia do Meio Ambiente (Dema), Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Gerência de Operação Especiais (GOE), todas de Cuiabá, participam da ação que ainda está em andamento.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Suspeito de matar outro durante briga de bar é preso em Mato Grosso

O suspeito do homicídio de Willian Osmar Oliveira Alves,...

Presos três que furtaram em empresas em Sorriso e Nova Mutum

Um trio, formado por dois homens e uma mulher,...

Homem é preso por manter relacionamento amoroso com menor de 12 anos no Nortão

Um jovem de 20 anos, suspeito de manter relacionamento...
PUBLICIDADE