quinta-feira, 18/abril/2024
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Governo aponta redução de 32% nos homicídios em MT; Sinop caiu 38%

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Levantamentos realizados pela coordenadoria geral de Estatística e Análise Criminal, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), apontam que o número de homicídios dolosos, no primeiro trimestre deste ano, reduziu 32% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março, Mato Grosso registrou 217 homicídios, enquanto que no mesmo período do ano passado, foram 318 ocorrências do mesmo crime.

Os dados também apontam queda nos homicídios dolosos nas cidades de Várzea Grande de 48%, Sinop para 38,9% e Rondonópolis de 20%. Em Cuiabá, os números são considerados estabilizados com tendência a diminuição. Os índices de homicídios foram apresentados em entrevista coletiva, hoje, pelo secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, acompanhado do secretário executivo Fábio Galindo, comandantes e diretores das Instituições de Segurança.

Os resultados alcançados no primeiro trimestre do atual governo configuram recorde na queda dos índices de homicídios no Estado. “Em nenhum ano, até hoje, desde quando vem sendo medido pela segurança pública, através de índices confiáveis de criminalidade, a queda foi tão expressiva e acentuada como no primeiro trimestre de 2015”, avaliou Fábio Galindo.

Segundo Galindo, os homicídios no Estado de Mato Grosso são analisados pela Secretaria desde o ano de 2009. De acordo com a Coordenadoria de Estatística, de 2009 até 2014 os índices de homicídio, nos primeiros trimestres, em Mato Grosso, sempre cresceram, tendo aumentado vertiginosamente no ano de 2014.

O levantamento aponta que o maior pico ocorreu de 2013 para 2014, quando houve o aumento de 41%. Contrariando a tendência de alta, a virada de 2014 para 2015 apresentou forte queda. “Diante da forte tendência de alta, se tivéssemos neutralizado a subida, estabilizando o índice, já consideraríamos uma vitória, mas as ações perpetradas foram tão eficazes que fizeram uma inversão na curva, de forte tendência de alta para forte queda. Para nós os números são frios. Em verdade, o mapa, significa muito mais, essencialmente, 101 vidas foram preservadas. Mais do que isso, significa 101 famílias que não choraram a perda do seu ente querido por morte violenta”, disse Galindo.

Segundo o secretário Mauro Zaque, os fatores que contribuíram para essa queda em 2015, em relação a taxa de homicídios, foi uma mudança de estratégia na atuação policial, agindo todos de forma integrada, em parceria e sempre baseado em informações de inteligência. “Hoje, todas as operações policiais são previamente orientadas por informações precisas do setor de inteligência. As operações são planejadas em cima dos mapas de criminalidade construídos pelo nosso setor de análise criminal. Com isso, conseguimos atuar diretamente nos focos mais quentes de criminalidade”, destacou.

Ainda de acordo com Zaque, a atuação integrada tem feito com que as Polícias Civil e Militar, os Bombeiros e a Politec sentem à mesma mesa para pensarem junto, tanto o planejamento da operação quanto sua execução, cada um dentro da sua atribuição. “Isto, sem dúvida, potencializa o resultado”, disse o secretário.

Galindo acrescentou que também chama a atenção o fator motivacional dos policiais. “Houve uma mudança visível no comprometimento e motivação dos policiais. Participando pessoalmente das operações, pude notar que o efetivo está vibrando, está confiando no novo modelo, nesse Estado de Transformação, e isso faz toda a diferença. Um policial motivado vale mais do que um batalhão inteiro desmotivado”, ressaltou Galindo.

Para o secretário-executivo, os resultados alcançados são sinais de que a Segurança Pública está no caminho certo, mas o desafio maior será estabilizar esses números. “A estabilização desses números é nossa grande meta. O começo foi positivo, mas nossa grande missão é ter números aceitáveis de forma estável. De nada adianta picos de queda e picos de alta. Não podemos conviver com sobressaltos. E para a estabilização, precisaremos de um grande esforço conjunto entre a Secretaria de Segurança Pública e a equipe econômica do Governo para promovermos investimentos maciços na estrutura de inteligência do estado, recomposição de efetivo, reforço de viaturas, investimentos em tecnologia de comunicação e implementação de políticas públicas de prevenção da criminalidade”, afirmou Galindo.

Segundo o último Anuário da Segurança Pública, Mato Grosso tinha uma taxa de 39,6 homicídios por 100 mil habitantes, o que colocava o estado na 6º posição dos Estados mais violentos. Na projeção, se estabilizado esse número do primeiro trimestre para todo o ano de 2015, na prática, fecharemos com a taxa de 26,88, o que, significa que Mato Grosso sairia da lista dos 10 Estados mais violentos do Brasil.

Várzea Grande foi historicamente considerada a cidade mais violenta do Estado, apresentando de 2013 para 2014, um aumento de 53% no homicídio, fechando o trimestre de 2014 com 52 homicídios. Neste ano, no mesmo período, Várzea Grande teve 27 homicídios, uma queda de 48% do crime. “Nenhuma cidade do país reduziu em um trimestre a taxa de homicídio a 50%. Esse é um recorde nacional”, disse o secretário Mauro Zaque.

Outro fator importante que contribuiu para os índices positivos foi a mudança na estratégia da área operacional. Segundo o secretário adjunto de Ações Integradas, coronel PM Joelson Sampaio, a Sesp desencadeou uma série de operações, que alcançaram resultados positivos, por meio do trabalho de integração das Polícias no planejamento e na execução das ações. De acordo com Sampaio, a integração de todas as forças de segurança estadual, municipal e federal é uma experiência de sucesso realizada na Copa do Mundo e que a pasta executa até hoje. “Nesse trabalho cada um faz o seu papel de forma articulada, numa cadeia de acontecimentos que vai resultar na sensação de segurança que a população almeja”, disse Sampaio.

Mauro Zaque ressaltou que o resultado é a soma dos esforços conjuntos de todos que integram a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Politec. “Nos quadros de crise, nos estados mais críticos, é a união das pessoas de bem que faz toda a diferença. Por isso que com a mesma estrutura de 2014, mas com um novo gás, uma nova motivação e com estratégias inteligentes já temos números positivos para apresentar à população. Temos cultuados diariamente a filosofia de que juntos somos mais fortes e assim vamos cumprir nossa missão”, finalizou.

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