Continuam paralisadas as obras das três escolas estaduais que estavam sendo construídas no município. O assessor pedagógico, Anésio Bach, disse, em entrevista ao Só Notícias, que com o aumento da demanda de alunos e a paralisação das obras, tem escolas atendendo acima da capacidade. “Temos feito um malabarismo para ter vagas principalmente para os novos alunos. Praticamente todos os dias chegam estudantes de outros municípios, alguns mudam de bairros e precisam ser remanejados de escola, outros conseguem a vaga por meio de decisão judicial e, para atender a demanda, algumas salas de aulas atendem acima da capacidade, tem turma onde o limite do ensino médio é 35 alunos e estão matriculados 40, 42 estudantes. Fica bem complicado, principalmente em dias de prova”.
Das três obras paradas a situação mais crítica é da escola Djalma Guilherme, que começou a ser construída no início do ano de 2013, foi embargada ainda no processo de fundação da obra. De lá para cá, já se passaram quatro anos e os trabalhos não foram retomados. De acordo com assessor, o projeto dessa escola foi feito juntamente com o de outras duas escolas, sem levar em consideração as características do lugar, quando chegou a hora da construção, o solo não suportou a estrutura que seria montada. Por isso, precisa ser feito um novo projeto, como esse projeto é do Ministério da Educação, não tem nem data prevista para retomada da obra. Atualmente os alunos estudam em um prédio cedido na UFMT.
Já na escola Cleufa Hubner, no bairro Jardim das Nações, a obra deveria ter sido entregue no final do ano passado, mas está parada desde outubro. “Era para a construção ter sido retomada em março mas não foi. Semana passada estive na secretaria lá em Cuiabá, disseram que deve retomar até o final desse mês. Enquanto a obra da escola Cleufa Hubner não é entregue, os alunos estudam em dois prédios alugados, que custam cerca de 14 mil”.
No bairro Terra Rica está sendo construída a escola Nossa Senhora de Lurdes, que também deveria ter sido entregue no final de 2016, mas durante a operação Rêmora, deflagrada em maio do ano passado, que resultou nas prisões de envolvidos por desviar dinheiro da secretaria estadual de Educação e por suspeita de pagamento de propina a servidores e fraudes em licitação, a obra foi uma das afetadas, a construção foi paralisada e agora aguarda uma nova licitação. Os alunos dessa escola estão em um prédio próprio, mas, em condições inadequada. As três escolas devem abrigar uma média de 2,3 mil estudantes.
Por meio de uma nota enviada ao Só Notícias, a secretaria estadual de Educação informou que os contratos das obras das Djalma Guilherme, Cleufa Hubner e Nossa Senhora de Lourdes, estão em análise para levantamento e aplicação de multa às empresas contratadas, só então, será definido se as construtoras retomam os trabalhos ou se será feita rescisão contratual. Essa análise deve sair ainda nesse semestre.