A Fundação de Saúde Comunitária de Sinop suspendeu, a partir de hoje, todos os atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS), realizados pelo Hospital Santo Antônio. Com isso deixam de prestar atendimentos de obstetrícia, nefrológicos, oncologia e UTI adulto e neonatal.
A decisão foi tomada, ontem, pelo Conselho Diretor, que por meio da assessoria disse que vai manter o serviço de obstetrícia de emergência (trabalho de parto franco ou período expulsivo, hemorragias, sofrimento fetal e outras emergências) e o tratamento oncológico dos pacientes que já iniciaram o ciclo de quimioterapia e que termina até o dia 31 deste mês.
Segundo a direção do hospital, os atendimentos deveriam ter sido suspensos na última segunda-feira, mas foram mantidos para mais tentativa de negociação junto ao Governo do Estado. “Mesmo sabendo da dívida de R$ 9,4 milhões com a fundação e da quantidade de meses em atraso, o governo quitou, apenas, dois meses de repasses com valor de R$ 3,3 milhões”, informou.
A fundação afirma ainda que os representantes da Secretaria de Saúde não compareceram a uma reunião previamente marcada para ontem com a prefeita de Sinop Rosana Martinelli, onde seria tratada a confecção de um contrato amparando os serviços e, também, as definições quanto aos pagamentos das parcelas em atraso.
Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, a Secretaria Estadual de Saúde disse conforme combinado em reunião com a prefeita Rosana Martinelli e com conhecimento da direção da fundação, fez o pagamento de R$ 3,3 milhões referente aos serviços prestados e comprovados nos meses de setembro e outubro do ano passado.
Em relação a reunião que deveria ocorrer em Sinop entre os representantes da saúde estadual, prefeita e diretoria da fundação. A secretaria afirma que devido a agenda, em contato com a prefeita Rosana Martinelli, a reunião foi remarcada para a próxima terça-feira. A SES informou ainda que não existe um contrato específico com o hospital Santo Antônio e os serviços que são executados são pagos por indenização em uma situação emergencial e para não deixar desassistida a população.
A secretaria ressaltou que o que foi acordado com a direção do hospital foi cumprido, portanto, não se justifica a decisão de suspender os atendimentos via SUS a partir de hoje, em especial as emergências. Em relação aos pagamentos, reiterou que o processo de novembro encontra-se no setor de controle e avaliação e se tudo estiver de acordo será liberado para pagamento. Já em relação dezembro ainda não chegou à secretaria.
(Atualizada às 13h55)