quinta-feira, 25/abril/2024
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Indústria de alimentação perde 1,2 mil vagas em 2016 no Estado

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A indústria da alimentação mato-grossense perdeu 1,298 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses encerrados em outubro. Esse segmento abrange a produção de bebidas, fumo, pesca e aquicultura. O número é resultado de 20,062 mil contratações ante 21,360 mil demissões no período. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) confirmam a tendência de retração no estoque de empregos nos setores de produção, conforme constatado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em estudo encomendado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins).

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação em Barra do Garças, Elton Melo Marques, avalia que a extinção de vagas é muito prejudicial para a categoria, já que não existe perspectiva de remanejamento da mão de obra que fica ociosa. “Na nossa região o problema vem se agravando desde 2015, quando frigoríficos foram fechados e cerca de 3 mil vagas deixaram de existir. O problema é que não tem como a gente remanejar esta mão de obra para outras atividades correlatas, que infelizmente é de difícil absorção neste momento de crise econômica e de retração generalizada de postos de trabalho”.

Já o presidente da CNTA Afins, Artur Bueno de Camargo, explica que a situação da perda de emprego no setor é resultado de um problema sistêmico que envolve toda a conjuntura econômica, e as tendências do mercado neoliberal. “É característica no setor de alimentação que certos segmentos formem oligopólios, como é o caso do processamento de carnes, no qual há concentração da oferta de vagas em duas grandes multinacionais. Quando isso ocorre, perde-se concorrência, o trabalhador fica refém de salários baixos e com poucas opções de trabalho. Tudo isso agrava os efeitos da crise econômica, que vem trazendo prejuízos quase que irreparáveis para a indústria de alimentação em Mato Grosso e no país”.

De acordo com a pesquisa realizada pelo Dieese, a média salarial dos empregados nas indústrias de alimentos em Mato Grosso é de R$ 1.899,68. O valor é considerado como a maior média do Centro-Oeste, seguida por Mato Grosso do Sul (R$ 1.873,70), Goiás (R$ 1.827,64) e Distrito Federal (R$ 1.634,14).Contudo, o setor de produção de fumo é o que tem maior média salarial entre os quatro setores abrangidos pela CNTA Afins, nos quais se organizam as indústrias de alimentação, sendo que a média total é de R$ 2.565,86.

Em seguida está o setor de fabricação de bebidas, com salário médio de R$ 2.222,20. As indústrias de produtos alimentícios pagam um salário médio de R$ 1.821,31, enquanto que remuneração do setor de pesca e aquicultura rende mensalmente ao trabalhador o valor de R$ 1.375,15, considerado a menor remuneração entre as demais categorias.

Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA Afins, explica que a diferença salarial entre os 4 setores da indústria de alimentação se dá pelo nível de automatização de cada segmento. “Nas indústrias de bebidas e de fumo a mão de obra é mais qualificada porque precisa lidar com um nível mais elevado de tecnologia, nas outras indústrias de alimentação e pesca. Os procedimentos são menos técnicos, o que exige menor qualificação profissional dos colaboradores”.

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